quarta-feira, 27 de junho de 2012

Nível Universitário Para Investigadores e Escrivães de Polícia – Encontro Na Sede Do SIPESP, Só Desilusão!


Na data de hoje, que muitos divulgaram como limite para um posicionamento do governo tucano quanto à questão envolvendo o nível universitário para investigadores e escrivães de polícia, estive na companhia de alguns colegas na sede do SIPESP - Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo.
Lá, por volta do meio-dia, fomos recebidos pelo Presidente Rebouças, que sempre atencioso, educadamente nos convidou para a sua ante-sala onde passou a discorrer sobre as últimas novidades quanto ao assunto em questão.
A conversa durou mais de uma hora, e durante esse tempo pude perceber o seguinte, embora tenha tentado de todas as maneiras nos deixar ciente de tudo o que vem ocorrendo, nitidamente percebi que sobre o assunto ele está tão perdido quanto qualquer um dos interessados, por mais que tentasse transparecer estar atualizado sobre o que está acontecendo, inclusive contatando em nossa presença a assessoria dos deputados que compõe o grupo de trabalho, onde não obteve, ao menos em nossa presença, qualquer informação sobre o que estava ocorrendo.
Continuando, ele tentou nos convencer de que, se, infelizmente, o governo permanecer ignorando os nossos direitos, o caminho natural será a paralisação, e que, para tanto, o interior já estaria preparado para se juntar à capital em caso de greve, contudo, não sem antes comunicar aos órgãos envolvidos sobre o desfecho das "negociações".
Notei ainda, pouca convicção do Presidente Rebouças sobre o êxito do grupo de trabalho, que claramente servira apenas para iludir à todos os interessados, pouca convicção que também percebi sobre uma possível paralisação, pois me pareceu que ele acredita muito mais em atingir os objetivos por meio judicial, do que pelo embate e mobilização.
Sendo assim, destaco mais uma vez que essa foi a minha visão de tudo que ouvi do Presidente Rebouças, e que de alguma forma condiz muito com a posição das entidades representativas, assim como por parte do governo até o presente momento.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Nível Universitário Para Investigadores e Escrivães de Polícia – Enquanto Isso Nos Sindicatos e Associações...


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Psiu, quietos, eles estão dormindo!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Nível Universitário Para Investigadores e Escrivães De Polícia - Reunião De 19/06, Até Agora Nada!



Fonte: Imesp - D.O. Poder Legislativo, pág. 04 de 20/06/2012

O deputado Olímpio Gomes criticou a reunião da comissão parlamentar mista criada com a finalidade de avaliar as possibilidades de valorização das carreiras de investigador e de escrivão de Polícia realizada na terça-feira, 19/6. “A reunião só serviu para lamentar o fato de que ainda não recebemos nenhuma proposta concreta do governo”, finalizou.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Luíza Erundina, Muié Macho Sim Sinhô!



Antes que qualquer desavisado me acuse do que for, esclareço que o título do meu post faz referência direta à obra prima do mestre Luíz Gonzaga, Paraíba, que é a terra natal da ex-Prefeita de São Paulo.
Muitos veem com reserva a ex-Prefeita, e entre esses me coloco, muito em virtude da sua administração enquanto Prefeita, na minha opinião, desastrosa, contudo, não me recordo de questionamentos quanto à sua moral, à sua conduta.
E diante desse perfil não esperava atitude diferente quando o PT anunciou a coligação com o PP, comemorando com entusiasmo o apoio do PROCURADO PELA INTERPOL, Paulo Salim Maluf, pois a sua coerência não permitiria tamanho desatino.
Quanto ao PT podemos esperar de tudo, pois o pacto anunciado pelo então candidato ao governo de São Paulo em 2009, Aloizio Mercadante, de que o seu partido cansara de deixar a direita governar, claramente justificando a conduta de que os fins justificam os meios, mesmo que para alcançar os seus objetivos tivessem que vender as suas almas, já demonstrava o que hoje parece inevitável, uma banana para qualquer ideologia, para o PT o poder pelo poder é a única coisa que interessa.
Mas diante do cenário, eis que surge uma mulher de fibra, alguém que ainda acredita no velho adágio do diga-me com quem andas e lhe direi quem és, e não esqueceu do passado e do que este representa.
Parabéns Dona Luíza, é assim que agem as pessoas sérias, posicionando-se com coerência e com consciência, fez bem em não aceitar participar da chapa como vice do incompetente ex-Ministro da Educação, Fernando Haddad.
Quanto ao PT, ora o PT, não há mais o que lamentar, esse difere do PSDB apenas pela identidade das moscas, pois a merda em que chafurdam são idênticas.

terça-feira, 12 de junho de 2012

COAF Conta Com Apenas 10 Funcionários Para Análise De Informação.



Fonte: site Contas Abertas

Grande parte do monitoramento da trilha de dinheiro deixada pela quadrilha do contraventor Carlinhos Cachoeira tem sido realizado com auxílio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), a unidade de inteligência financeira do Brasil vinculada ao Ministério da Fazenda (MF). Apesar da relevância e abrangência do órgão, as atividades de análise da informação contavam com apenas 10 funcionários até abril deste ano. Os dados foram obtidos pelo Contas Abertas por meio da Lei de Acesso à Informação (no 12.527).
De acordo com a assessoria de imprensa do MF, apesar do número não ser o ideal, o setor conta com suporte tecnológico importante no auxílio ao trabalho, o que compensa a carência. O sistema de informação, executado eletronicamente e que auxilia no intercâmbio de dados com autoridades brasileiras e do exterior é o Siscoaf. “A principal carência de pessoal do Coaf é na área de regulação”, explica.
Ainda segundo assessoria, não há previsão de aumento de pessoal especificamente na área de análise da informação, “mas o assunto tem sido discutido com as instâncias superiores. Algumas medidas foram tomadas para compensar a carência de pessoal, como por exemplo a celebração de convênios com instituições públicas para a cessão de pessoal por um prazo determinado”, diz nota.
No total, o Conselho conta com 38 funcionários de diversas carreiras do MF e de outros órgãos (incluindo os cargos de presidente, secretário executivo, diretor de análise e fiscalização e chefe de gabinete), com apenas oito funcionários em cargos não comissionados. Dos 30 servidores comissionados, 22 apresentam formação superior. Em 2005, primeiro ano do levantamento, a unidade contava com apenas 26 membros.
Uma das funções do COAF reside na regulação e aplicação de penalidades em setores obrigados que não estejam sujeitos à regulação e supervisão de órgãos próprios. Já a Diretoria de Análise e Fiscalização é a responsável pela investigação das operações financeiras sob suspeita de atividade ilícita – em particular, o crime de lavagem de dinheiro –, seguindo comunicação do próprio Conselho, além de ter a atribuição de disseminar as informações coletadas às autoridades competentes por meio de relatórios.
A última tarefa consiste em cruzar informações de diferentes bancos de dados, tais como: Cadastro de Pessoa Física (CPF) e Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), Declaração de Operações Imobiliárias (DOI), Rede Infoseg (base de inquéritos), Bases do TSE, Declaração de Porte e Valores (DPV), Sistema de Informações Rurais (SIR), Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (SIAPE), Cadastro Nacional de Empresas (CNE), Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), Análise das informações de Comércio Exterior (Alice Web), dentre outros tantos.
Apesar do vasto universo de informações, os analistas do COAF foram capazes de compor relatório que comprova associação entre uma das supostas empresas de fachada de Cachoeira, a BET Capital (que seria usada para lavagem de dinheiro e evasão de divisas), e o governo de Goiás: a empresa obteve R$ 1,3 milhão em depósitos da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop), entre 2002 e 2005 – durante a gestão do governador Marconi Perillo (PSDB).
É mérito do COAF, ainda, o monitoramento de uma série de movimentações suspeitas feitas pela empreiteira Delta em anos eleitorais. No segundo semestre de 2010, foi depositado R$ 8,3 milhões em conta da construtora pelo governo do Pará, na época sob a gestão de Ana Júlia Carepa (PT). O sacador seria o próprio Fernando Cavendish. Em 2006, no estado do Rio de Janeiro, R$ 5 milhões foram retirados em operações de até R$ 99 mil (operações acima de R$ 100 mil são comunicadas automaticamente ao COAF). As informações foram divulgados pelo portal do “Estado de São Paulo”, último dia 08.
No pedido formulado pelo Contas Abertas ao COAF, por conta da Lei de Acesso à Informação, também foi indagado quem seriam os funcionários responsáveis pela atividade de análise de informação. Esta solicitação, porém, foi negada. Conforme o COAF, a principal razão se deve ao fato de lavagem de dinheiro e ocultação de ativos serem considerados crimes de “especial gravidade”, concomitante ao fato de muitos dos autores condenados, frequentemente, acharem-se em liberdade e deterem poder econômico e social.
“Nesse contexto, o reconhecimento do analista do COAF pelo indiciado/investigado, já condenado, ou não, representa um ato relevante para a investigação criminal, pois de muita vulnerabilidade para o destino da segurança pessoal desses servidores”, diz a nota.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Câmara De São Paulo Divulga Salários.



É ponto pacífico entre a sociedade de que o grande mal do nosso país é a corrupção, por onde, de forma escusa, escoa grande parcela da riqueza produzida em nosso país, contudo como disse a corrupção pressupões ato ilegal, desvio de recursos financeiros, má utilização do erário, mas sempre algo irregular, contrário a lei.
Agora ao que parece esquecemos do dinheiro desperdiçado ou mal empregado em atividades legais, embora imorais, digo desperdiçado por dois principais motivos, primeiro porque não temos na sua contrapartida a resposta proporcional aos gastos, e segundo porque bem sabemos que àqueles que percebem tais valores nem de perto fazem por merecê-los.
Me reporto aqui aos recursos, até então obscuros, que sustentam a estrutura dos poderes legislativos, judiciário e mesmo no poder executivo.
Quanto ao poder judiciário são inúmeros os absurdos envolvendo os vencimentos dos membros da magistratura e das regalias com que são agraciados, o mesmo ocorrendo com membros do poder executivo como ministros de estado, secretários de governos, membros do ministério público federal ou estadual e procuradores públicos.
Agora em mais um exemplo do desperdício do nosso dinheiro, que a cada ano bate novo recorde de arrecadação, vem à tona os vencimentos de funcionários da Câmara Municipal de São Paulo, onde mais uma vez percebemos o disparate na retribuição daqueles que deveriam servir ao povo e não servir-se do mesmo, tendo como exemplo o fato de um simples manobrista perceber uma salário de R$ 11.000,00.
Ora lembrem-se que no universo de todo o poder legislativo estamos tratando exclusivamente daquela responsável pela edição das leis no âmbito do município paulistano, pois ainda temos as milhares de câmaras municipais espalhadas pelo território nacional, e que embora com recursos bem inferiores ainda causam estragos proporcionais aos municípios aos que pertencem, assim como estragos irreparáveis e inadmissíveis são proporcionados pelas assembleias legislativas dos estados da federação, sem esquecermos de todo absurdo que tomamos conhecimento a cada dia daqueles que "habitam" o legislativo federal (câmara dos deputados e senado federal).
Pois essa é a situação, vivemos num estado que prevalece a conveniência de beneficiar àqueles que interessam aos poderosos pela função que ocupam, em detrimento daqueles que deveriam beneficiar, pela suas atribuições, ao povo, como os funcionários da educação, saúde e segurança pública.
Então a nossa realidade resume-se numa simples equação, àqueles que são eleitos pelo povo só interessam-se em favorecer àqueles que lhe favorecem, e como já sabemos só se lembram do povo em época de eleição, que ainda insistem em votar nesses malandros, fazer o quê?

Casamento De David Safra. O Ranço De Uma Sociedade Em Metástase!



O que de pior temos como exemplo da estupidez humana vimos destacar-se em nosso noticiário nessa semana, a ganância, a mesquinhez, o prazer em despontar pelo uso do poder econômico, sentimentos esses que embora próprios do sistema capitalista, ainda assim revoltam, pois nos dias atuais como podem pessoas quererem ser consideradas seres humanos dignos praticando atos tão vis? Como podem esbanjar riquezas num mundo tão desigual aonde outros sequer tem o que comer para a sua sobrevivência? E o pior é quando vemos que tal ato obsceno e desprezível partira de membros daqueles que se auto intitulam escolhidos de Deus, embora para mim não represente nenhuma surpresa.
Pois bem é exatamente o que ocorrera essa semana em São Paulo, onde a família Safra, o que por si só já diz muito do caráter dos envolvidos, celebrara o casamento de David Safra com Tammy Kattan na Sinagoga Beit Yaacov, construída pelos Safra, sendo que a festa para 1.500 convidados acontecera em um salão em frente ao Jockey Club de São Paulo com a apresentação da cantora internacional Shakira, num show exclusivo.
E assim é, a elite insiste em continuar ostentando a sua riqueza e opulência, tal qual um câncer que sem o devido cuidado espalha o seu mal por todo o organismo, onde temos assim a metástase do sistema capitalista, cabendo ao povo, diante da disseminação desse mal, extirpá-lo, sendo que quando na história tal situação se dera o final para os representantes da elite não foram nada agradáveis, lembrando do trágico fim da família Románov do Czar Nicolau II da Rússia.
Mas por enquanto, ao que parece, muito a que ser comemorado pela elite até que um dia afinal o povo entenda que mais do que serem admirados eles devam ser condenados pelos seus abusos, restando apenas desejar aos "pombinhos" e as suas respectivas famílias que a vida lhes deem em dobro tudo que fazem por merecer.

domingo, 3 de junho de 2012

Nível Universitário Para Investigadores e Escrivães De Polícia - Campos Machado Integrado Ao Grupo De Trabalho.


Após todo o descaso demonstrado pelo Sr. Governador, através dos seus representantes no Grupo de Trabalho responsável pela análise da questão envolvendo o nível universitário de Investigadores e Escrivães de Polícia, vem o mesmo, e por Decreto de 31/05/2012, publicado no Diário Oficial de 01/06/2012 em seu caderno 1 do Poder Executivo, decide:
Integrando o Deputado Estadual Campos Machado, representante do Poder Legislativo indicado pelo Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no Grupo de Trabalho a que se refere o art. 26 da LC 1.151-2011, com a finalidade de avaliar as possibilidades de valorização das carreiras de Investigador de Polícia e Escrivão de Polícia, considerando a LC 1.067-2008, constituído pelo decreto publicado em 27/04/2012.
Ora, a questão agora é saber se a indicação do Deputado Estadual Campos Machado, que não cansa de afirmar que é amigo do Governador Geraldo Picolé de Chuchu Alckmin, beneficiará aos Investigadores e Escrivães de Polícia ou o seu grande amigo, estará ele disposto a enfrentar o seu amigo para fazer justiça? Ou será que tudo isso é mais um dos jogos de cena próprios do governador, agora auxiliado por seu amigo?
Pois bem, de tudo isso uma coisa é certa, ao final dessa discussão, que agora assume ares de novela, saberemos exatamente à quem o Deputado Campos Machado serve, teremos a medida exata do seu comprometimento com o governo PSDB, e por consequência descobriremos exatamente à quem o Sr. Vanderlei Bailoni, Presidente da Associação dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo, serve, pois todos sabem do quanto ambos se dizem amigos.
Pois é pessoal, se, infelizmente, não for feita justiça com o reenquadramento dos Investigadores e Escrivães de Polícia ao salário equivalente ao nível superior, saberemos ao menos em quem não votar e que devemos nos desfiliar da Associação presidida por Vanderlei Bailoni.

sábado, 2 de junho de 2012

Pagot Denuncia Irregularidades Em Campanhas De PT e PSDB. Os Petecanos Unidos Por Um Só Fim, Roubar!


Fonte: site Congresso em Foco

Desde que foi demitido da diretoria-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, em julho de 2011, Luiz Antonio Pagot jamais fez questão de esconder sua mágoa com o que considerou uma “traição moral” em relação à sua atuação no órgão subordinado ao Ministério dos Transportes. Passou-se um ano e, depois da descoberta de que a organização criminosa do contraventor Carlinhos Cachoeira (leia tudo sobre o caso) plantava denúncias na imprensa com o objetivo de derrubá-lo do cargo, Pagot agora quer falar. E essa disposição verbal estampa as edições desta semana de duas das principais revistas do país – Época e IstoÉ. São duas entrevistas que, com alguns pontos em comum, revelam um pouco das vísceras da relação entre campanha eleitoral e máquina pública – com destaque para doações para PT e PSDB, segundo Pagot, eivadas de irregularidades.
Economista e atualmente prestando consultorias, Pagot diz que foi pressionado pelo governo do tucano José Serra a aprovar aditivos ilegais às obras do Rodoanel, em São Paulo. O objetivo, diz o ex-diretor, foi abastecer o caixa 2 da campanha, em 2010, do então candidato do PSDB à Presidência da República.
“Veio procurador de empreiteira me avisar: ‘Você tem que se prevenir, tem 8% entrando lá.’ Era 60% para o Serra, 20% para o Kassab e 20% para o Alckmin”, disse Pagot à revista IstoÉ, que acrescenta. “Pagot também afirmou ter ouvido do senador Demóstenes Torres um pedido para que o ajudasse a pagar dívidas de campanha com a Delta com a entrega de obras para a construtora. Mas nem o aditivo de R$ 260 milhões para o trecho sul do Rodoanel foi liberado pelo DNIT – embora tenha sido pago pelo governo de São Paulo – nem o favor a Demóstenes foi prestado, segundo Pagot. Porém, ele não resistiu ao receber uma missão do comitê de campanha do PT durante as eleições de 2010.”
Considerado uma espécie de arquivo ambulante sobre as mais recentes gestões do Ministério dos Transportes, Pagot diz que é temido por muitos parlamentares membros da comissão mista de inquérito, em curso no Congresso, criada para investigar a teia de influência do contraventor Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários. “Os segredos que Pagot guardava até agora ajudam a explicar por que a CPI do Cachoeira adiou deliberadamente sua convocação. Ele diz que está pronto para falar tudo e desafia: ‘Duvido que me chamem. Muitos ali têm medo do que posso contar’”, acrescenta a IstoÉ.
Na entrevista, Pagot disse que administrava bilhões em obras públicas Brasil afora, e que recebeu do tesoureiro da campanha do PT em 2010, deputado José De Filippi (SP), um pedido especial da cúpula petista para arrecadar recursos junto às empreiteiras do setor de transportes.
Já a entrevista de Pagot à revista Época se concentra na ação do deputado petista junto ao ex-diretor do Dnit. “Pagot afirma que, após a conversa com Filippi, reuniu-se com seis sindicatos de empresas da construção civil. [...] Pagot diz ter se reunido também com representantes da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias. ‘Fui um colaborador espontâneo’, afirma Pagot. De acordo com Pagot, graças a seu trabalho, entre 20 e 30 empresas medianas colaboraram com a campanha de Dilma. Ele diz que Fillipi recebia boletos de depósitos de empreiteiras que se dispuseram a fazer doações para a campanha”, diz trecho da entrevista.
Depois da publicação das declarações de Pagot, com destaque, em duas revistas de circulação nacional, parlamentares da CPI devem levar à pauta do colegiado a possibilidade de que o ex-diretor deponha no Congresso. Na próxima semana, a comissão de inquérito terá reuniões administrativas, para votação de requerimentos, e depoimentos de pessoas suspeitas de envolvimento com o esquema criminoso de Cachoeira, segundo investigações da Polícia Federal. Preso desde 29 de fevereiro, o contraventor chefiava uma quadrilha que explorava, entre outras ilegalidades, jogo clandestino e licitações fraudulentas com empresas como a Delta Construtora, até então a maior parceira das obras do Programa de Aceleração do Crescimento.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Nível Universitário Para Investigadores e Escrivães de Polícia – Hora De Levantar, Sacudir a Poeira e Dar a Volta Por Cima.


Escrevo esse post após o resultado da reunião ocorrida no Palácio dos Bandeirantes onde deveria ter sido decidido como o governo reenquadraria as carreiras de Investigador e Escrivão de Polícia, e creiam que como muitos, também não sai feliz com o que ouvi, pois uma vez mais o PSDB e o Picolé de Chuchu nos tratou como de costume trata os servidores públicos.
Necessitei de um tempo para me refazer de mais esse golpe, mas passado o impacto me pus a pensar se de tudo o que presenciei houve algum ponto positivo, algo a se comemorar, e se o governo estava tão indiferente com o nosso movimento como pretendeu transparecer.
Pois bem, por mais que muitos questionassem a força da mobilização, uma vez que certamente tínhamos no local um número muito menor do que poderíamos ter, acreditem havia uma quantidade considerável de policiais, número esse que segundo opiniões de outros excedera consideravelmente ao de outras mobilizações em seu estágio inicial, como por exemplo as primeiras manifestações que resultaram na greve histórica. Isso considerando todo o esforço empreendido pelo governo para esvaziar a mobilização, programando operações por todo o estado, principalmente pelo interior, e mesmo alterando no último instante o local da reunião.
Ora, se o governo se propôs a tão vergonhoso papel, cabe a nós percebemos que de alguma maneira o incomodamos, ou por qual razão programaria tais operações e mudaria o local da reunião no último momento? E se o incomodamos certamente estamos no caminho certo, pois com essa turma a lógica se inverte, o que é ruim para eles é bom para nós.
Sendo assim, agora refletindo e de forma serena concluo que estamos no rumo certo, e a não proposição de qualquer "oferta" governamental indica o acerto da mobilização, uma vez que nada apresentou exatamente para mais uma vez testar a nossa força, determinação e homogeneidade, querem ver até onde aguentamos, blefam, como num jogo de pôquer, eles querem saber como está a nossa "mão", se temos cacife para ir até o fim.
Ora se o governo demonstra temor, vamos em frente, agora é o momento em que devemos nos concentrar em dar o troco, mostrar à que viemos, sempre de forma ordeira e dentro dos limites da lei, pois quem as transgride são criminosos e o governo, e portanto não podemos descer à plano tão baixo, sob o risco de nos nivelarmos com esses lixos.
Creiam como eu creio, pensem e analisem se não tenho alguma razão, mesmo porque se o Picolé de Chuchu estivesse tão firme no seu propósito já teria mandado nos comunicar de que não trataria mais do assunto e ponto final, voltando ao jogo de pôquer, se a sua "mão" fosse tão boa já teria decidido e mostrada as cartas.
Nesses próximos dias precisamos nos reeguer e partimos para a luta, pois uma batalha é apenas uma parte da guerra, e esta, não tenho dúvidas, não está perdida.
Mobilizemo-nos ainda mais, vamos marcar novas manifestações, e em cada uma das próximas com um número ainda maior de participantes, e veremos ao final quem rirá por último.