sábado, 30 de abril de 2011

Depois da Bonança, o Delúbio!?



Ele voltou, o tesoureiro voltou novamente ... . Eis mais um exemplo do quanto PT e PSDB são parecidos, eles não se intimidam em momento algum com uma possível reação popular ao acobertamento que fazem das piores espécies de pessoas que os compõem.
A cada dia vemos atitudes que são inadmissíveis à qualquer pessoa de bem, séria e honesta, o que dizer à partidos políticos.
E agora mais um mau exemplo é dado, o partido dos companheiros, bem ao estilo "os bons companheiros", por seu Diretório Nacional aprovou a refiliação do ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, apontado como um dos operadores do esquema de caixa 2 que ficou conhecido como mensalão. Por 60 votos a 15, e duas abstenções, os petistas decidiram reincorporar Delúbio – que foi expulso da sigla em 2005, no auge da maior crise política do governo Lula, àquela que o ex-Presidente dizia desconhecer.
Ora, afinal o que é mais um dentre tantos ...? Já diz o ditado que desgraça pouca é bobagem, e a contar pela disposição dos petistas podem acreditar que ainda há muito por vir.
A situação é tão constrangedora, para se dizer o mínimo, que por uma "coincidência" esta refiliação ocorrera no mesmo dia em que o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, alegou motivos de saúde para renunciar ao posto, abrindo-se caminho para o deputado estadual paulista Rui Falcão.
Será que o José Eduardo Dutra tinha alguma objeção à sua volta? Se tinha, uma única coisa é certa, não fora por ser uma pessoa consciente, pois se o fosse não faria parte deste grupo, o que deve ter ocorrido é o que sempre ocorre, a disputa por poder.
E assim é a vida, pois entre os políticos prevalece o entendimento de que, assim como outros "partidos" conhecidos, àqueles que estão bem não esquecem, e nem podem esquecer àqueles que atravessam momentos de dificuldades.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Casamento Inglês e Babaquice Brasileira!


Sinceramente vos digo, até o dia de hoje, confesso, que não compartilhava em momento algum com o frisson causado pela cerimônia de enlace matrimonial entre o Príncipe Willian e a Plebéia Kate.
Toda esta expectativa e ansiedade me causava náusea, ainda mais quando ocorria em outros países que não a Inglaterra, pois ali haviam motivos que justificavam toda e qualquer agitação em torno do fato, o que não havia nos outros. Portanto, o que justifica o envolvimento de outras nações, ainda que como mero espectador, na união do casal real?
Mas venho aqui, de forma humilde, reconhecer que errei, errei e peço perdão por minha falha, pois embora continue achando esta cobertura mundial ao vivo e em tempo real como o maior exemplo de divulgação da futilidade humana, confesso que não esperava que este casamento nos proporcionasse um período, ainda que curto, de paz e harmonia em nossa sociedade.
Digo isso pois já estou acostumado ao acordar, logo pela manhã cedo, a ver os mais variados programas jornalísticos, com cobertura nacional ou regional, e todos eles sempre acabam sendo recheados, diariamente, por notícias envolvendo os mais variados crimes, roubos, seqüestros, latrocínios, seqüestros relâmpagos, arrombamento de bancos e seus caixas eletrônicos, e assim apresentando um leque de opções dos delitos ocorridos durante a madrugada e manhã, que também relatam outras notícias sobre as mais diversas mazelas humanas, e, que, como por encanto não foram noticiadas nesta manhã, ou seja, a cerimônia real teve o condão de fazer desaparecer qualquer acontecimento durante o período até o término do casamento, nenhum crime, nenhum problema ou ocorrência, nada acontecera, e portanto, não fora noticiado, restando aos órgãos de imprensa transmitir o enlace inglês.
Que beleza, não? Acordar e saber que de um dia para o outro nosso país mudara, acabou tudo o que era ruim, passamos do inferno ao paraíso apenas com o casamento de Willian e Kate, já que em todos os noticiários era só o que se via. 
Sendo dessa forma só me resta torcer para que a família real da Inglaterra tenha uma descendência extremamente numerosa, pois, a cada cerimônia de casamento vislumbraremos este fenômeno ocorrer, desaparecendo todos os acontecimentos à que estamos acostumados em nossa sociedade, ainda que por um curto intervalo de tempo.

A Cruzada do PSDB Contra a Polícia Civil Paulista.


Primeiro veio o DEM (PSDB), por meio do seu maior representante à época e agora no PSD, o Prefeito Gilberto Kassab, que moveu mundos e, principalmente, "fundos" para agraciar a "gloriosa" Polícia Militar, privilegiando os seus comandantes, quando na reserva, com uma oferta de cargos em sub-prefeituras nunca antes vista, depois veio o agrado ao "resto" com a adoção da operação delegada, que na prática nada mais é do que um bico oficial.
Agora fica cada dia mais evidente a opção do estado por fortalecer a Polícia Militar, não só por atos originários do Governador Picolé de Chuchu como do Secretário de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto.
Por parte do Governador partem benefícios como o de sair em defesa do Comandante Geral, Coronel Álvaro Batista Camilo, quando o mesmo é flagrado transitando num veículo utilitário de luxo, como este fato por si só já não fosse obsceno, já que, por ser um veículo descaracterizado, pode ser utilizado como lhe convier, e lembrando que, assim sendo, esta defesa também acaba por abranger aos outros 57 coronéis que acabaram de ser presenteados com veículos de luxo novos e sem as cores que caracterizam viaturas policiais, corroborando com o pensamento do Comandante Camilo de que tais coronéis ostentam o "status" de executivos, embora seja muito evidente que não dispõe de competência alguma para tanto.
Enquanto isso do Secretário de Segurança partem ações no sentido de valorizar cada vez mais, financeiramente, o quadro da P.M. em claro prejuízo dos policiais civis, como por exemplo a adoção de RETP diferenciado e ainda o fato de permitir que a P.M. elabore e processe a sua folha de pagamentos, criando dúvidas quanto à sua lisura, principalmente quanto aos valores envolvidos, diferente do que ocorre com a Polícia Civil, onde a sua folha de pagamentos é de total responsabilidade da Secretaria da Fazenda, o que já lhe garante total confiabilidade.
De tudo até aqui exposto só há que se creditar tais diferenças de tratamento à uma CRUZADA do PSDB para uma desvalorização e desmotivação da instituição policial civil, por motivos ainda desconhecidos.
Portanto, quanto aos motivos, já que não são claros, só podemos conjecturar, e dentre as hipóteses só posso imaginar que a opção pela Polícia Militar encontre fundamento na possibilidade de ter ao seu comando uma força de segurança mais fácil de se manipular, muito devido ao seu próprio sistema militar rígido agregando-se a isso o tamanho do seu efetivo, pois numa eventualidade, haveria como suprir a falta da Polícia Civil numa greve, por exemplo.
Agora, embora não se tenha condições de afirmar o por que disso tudo, uma coisa é clara e cristalina, não há por parte das nossas autoridades qualquer constrangimento em adotar tais medidas em detrimento da segurança pública, pois muitos se beneficiam com o enfraquecimento da Polícia Civil, e dentre estes, certamente, não está o povo paulista.
Para terminar vejo agora mais uma atitude do Sr. Ferreira Pinto para beneficiar a Polícia Militar, neste caso, especificamente, o seu Comandante, ao editar uma resolução que o autoriza a continuar usando a sua (nossa) Captiva nova.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ministério da Cultura é Tão Bonzinho!


Até quando? Me responda quem puder, até quando vamos permitir que os nossos governantes nos façam de otários?
Quando não é um, é outro, quando não é o Congresso Nacional é alguma das várias Assembléias Legislativas, quando não é o Executivo, é o Legislativo ou mesmo o Judiciário, quando não é um partido político, é o outro, e assim agora chegou a hora e a vez do Ministério da Cultura (Minc), e para que não restem dúvidas, o Ministério da Cultura do Brasil, e o porque dessa ressalva os senhores entenderão logo adiante.
O motivo da minha indignação é o que ouvi na rádio bandnews fm esta semana, segundo um dos apresentadores do programa apresentado por Ricardo Boechat o Ministério da Cultura fazendo uso dos incentivos previsto pela Lei Rouanet está liberando uma verdadeira fortuna para os mais variados projetos apresentados e aprovados, ocorre que esta lista embora "pública" não se consegue acessá-la facilmente, e, segundo o mesmo jornalista beneficiaria artistas como Zezé Di Camargo e Luciano, com algo em torno dos R$ 7.000.000,00, embora seja evidente que eles não necessitem de incentivos para divulgar os seus trabalhos, beneficiaria ainda os grupos Timbalada, com  R$ 978.936,00, e Revelação, com R$ 189.696,00.
Mas se os valores acima já seriam motivo para longas discussões o que dizer dos incentivos à grupos estrangeiros como o Disney On Ice, com R$ 5.110.000,00 e Blue Man, com R$ 3.751.150,00. Deixe-me entender, ambos são grupos estrangeiros, internacional e mundialmente famosos, riquissímos, com cada uma de suas apresentações à valores exorbitantes, e ainda assim recebem como incentivo estas cifras obscenas? Não é possível, só pode haver alguma falcatrua na história.
Uma das duplas musicais mais famosas do Brasil, recebendo um valor altíssimo e desnecessário, dois grupos estrangeiros sendo agraciados com valores tão absurdos quanto, isso só levando-se em conta àquilo que tive acesso, pois ao que tudo indica, no melhor exemplo da cultura brasileira, tanto musical como procedimental, "o que a gente faz é por debaixo dos panos, pra ninguém saber, é por debaixo dos panos, se eu ganho mais, é por debaixo dos panos ..."
E pasmem os senhores que não se passou muito tempo de outro escárnio deste Ministério com o povo brasileiro, quando à nossa grande intérprete, Maria Bethânia, fora concedida uma autorização para captar recursos na ordem de R$ 1.300.000,00 para implantação do seu blog, como se ela não fosse conhecida e respeitada o suficiente para arcar com tais custos apenas com o auxílio da iniciativa privada.

Comandante da P.M. de Carro Novo!



Vejo pelo site do Estadão o maior exemplo de hipocrisia e desperdício com o dinheiro público feito pelo Governo do PSDB em São Paulo.
Sim, porque enquanto o Picolé de Chuchu continua a negar um mínimo de dignidade à grande parcela da Polícia do Estado de São Paulo, deixa o dinheiro sair pelo "ladrão" com o único objetivo de dar boa vida aos Comandantes da "gloriosa" Polícia Militar.
O maior exemplo da hipocrisia, já que não é de hoje que os sucessivos governos do PSDB alegam a falta de dinheiro e a responsabilidade fiscal como fatores para não dar um salário digno à polícia, foi a presença do atual Comandante da Polícia Militar, Coronel Álvaro Batista Camilo, à um evento oficial com o seu automóvel novo, uma Captiva que como utilitário esportivo de luxo é avaliada em torno de R$ 92.900,00, e o pior é que não foi pago com o seu dinheiro já que este é o seu carro oficial, do estado, portanto, nosso.
Mas para o digno Comandante isso ainda era pouco, e como quem não tem vergonha na cara não se deixa abalar com a opinião dos outros, ainda presenteou outros Coronéis com 61 Vectras com o argumento de que "coronéis são executivos e não podem andar em viaturas para não serem parados a toda hora para atender às ocorrências.", ora, se Coronéis são executivos, agora entendo porque a segurança pública está no prejuízo e a Polícia Militar está falida, pois os executivos do "Camilo" são umas porcarias, e caso estivessem na iniciativa privada, certamente já teriam sido demitidos, e muitos correriam o risco de estar respondendo judicialmente por administração fraudulenta. 
Resumindo, o prejuízo dado ao povo paulista se deu através de um contrato de compra dos carros feito pela Diretoria de Logística da PM e publicado no Diário Oficial em 16 de outubro de 2010. Ele incluía 161 veículos da GM, sem especificar quantos eram viaturas oficiais e quantos eram carros sem identificação, para os coronéis. O valor total da compra foi de R$ 5,8 milhões. Foram adquiridos duas Montanas, 61 Vectras Expression, 92 Corsas Hatch, cinco Corsas Sedan e o Captiva. Cada Vectra saiu por R$ 44,9 mil - os 61 custaram R$ 2,73 milhões. Já os R$ 92 mil do Captiva equivalem ao preço de três Corsas - R$ 30 mil cada.

Assim sendo, isto só evidencia que dinheiro o Estado tem, e muito, o problema se dá na sua aplicação, pois o PSDB já deixara claro que o critério adotado por eles é o interesse, e não me refiro aqui ao interesse do povo, mas aos seus próprios, como por exemplo o seu interesse em não combater a criminalidade.   

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Conselho de Ética do Senado.


Olha, pior do que ter políticos desonestos como temos aos montes, é saber que além de não se importarem com o que pensamos eles ainda se acham no direito de nos afrontar.

Pois com a escolha dos novos membros do Conselho de Ética do Senado só posso acreditar que eles querem nos afrontar, dar uma demonstração de sua força como que querendo dizer, "faço tudo que faço e daí, vai encarar?".
Só pode ser isso, afinal o que mais justificaria a escolha de nomes como o de Renan Calheiros, Romero Jucá e Gim Argello?
Dois dos novos membros têm ou terão problemas no Conselho de Ética, que é responsável por apurar os desvios éticos dos senadores: Renan Calheiros (PMDB-AL), que já respondeu a quatro processos por quebra de decoro no colegiado; e Gim Argello (PTB-DF), que é o representado na primeira atividade da nova composição. Designado relator da peça orçamentária 2010/2011, Gim foi acusado de desviar verbas do Ministério do Turismo para entidades fantasmas. 
Ou seja, embora com passados mais sujos do que pau de galinheiro eles não se contentam em "garimpar" uma vaga num conselho qualquer, eles tem que ser escolhidos para um Conselho de Ética, como se soubessem o que é isso, com dois objetivos muito definidos, dar um tapa na cara da sociedade e livrar outros comparsas, quero dizer, companheiros de qualquer punição que possam correr o risco de sofrer.
Afinal, o que mais podemos imaginar quando se escolhem lobos em peles de cordeiros para vigiar o rebanho? 

PSDB, uma Nau à Deriva!

É, pelo que se apresenta o nosso futuro será melhor, já que pelo visto o PSDB está a afundar, percebe-se por enquanto um claro sinal de que está sem rumo, sem direção, à deriva, a ponto de "psdbistas" históricos estarem abandonando o barco.
Muitos já ouviram a expressão de que "quando o navio está afundando os ratos são os primeiros a abandoná-lo", mas aqui a situação é mais complexa, pois embora o Sr. Walter Feldman, um dos fundadores do partido, ter anunciado a sua saída do PSDB, não há como se ter certeza de que ele é um dos ratos ou se no caso há tantos ratos no partido que alguns estão abandonando a embarcação, mas outros tantos preferem afundar com ela.
A única certeza é de que as coisas estão caóticas para os tucanos, a ponto de àqueles que se mantém fieis ao partido estarem se desdobrando na tentativa de reverter o fim que se aponta inevitável, até mesmo o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso apresenta como uma alternativa uma fusão com o também cambaleante DEM.
Não tenho como descrever a minha satisfação em ver estes arrogantes tucanos se desdobrando por uma sobrevivência que parece escapar-lhe às mãos, e assim, como se afogando em suas próprias vaidades percebem que o ar está no fim mas ainda assim não se entendem, e para mim não há sensação melhor.
Este há de ser o fim para o PSDB, e ao ouvir o estampido do tiro de misericórdia dado, ao que tudo indica, por um dos seus correligionários, passarei a desejar que tudo ocorra como num "déjà vu", mas ai no partido dos companheiros, dando a sigla PT uma nova definição, Perda Total.

terça-feira, 26 de abril de 2011

O Velho Truque.


Havia um seriado que fizera grande sucesso onde um detetive, Maxwel Smart, interpretado por Don Adams, encarnava o papel de um espião à serviço do C.O.N.T.R.O.L.E. contra os agentes da K.A.O.S., o seu codinome era Agente 86, e dentre os vários e hilários absurdos que o caracterizavam, como o sapato-fone, o cone do silêncio, a parede invisível, havia um bordão onde ele dizia, mais ou menos o seguinte: "a sim, o velho truque ...", referindo-se à alguma das situações onde era pego desprevenido, como sempre.
Bem, fiz esta introdução nostálgica com um único objetivo, embora tenha me dado muito prazer em relembrar deste seriado que tanto me fez rir quando garoto, que é o de traçar um paralelo com a atual situação da Polícia Civil Paulista, pois somos constantemente desprestigiados e ignorados pelo estado, principalmente pelo PSDB, que, como quem tem ódio da instituição, não faz a menor cerimônia em nos menosprezar nos dando salários de fome e condições de trabalho nada condizentes com a importância do estado de São Paulo.
Temos, como já é amplamente sabido, um dos piores salários dentre as polícias do Brasil, embora este estado possua o segundo PIB da nação, somos mal selecionados, mal preparados, mal treinados, mal remunerados, mal aparelhados e desestimulados, e como conseqüência prestamos como é da ciência de todos um péssimo serviço à população, exceção feita àquela classe social de que a tucanada tanto adora, onde sempre que solicitado a polícia se desdobra para prestar um serviço de excelência.
Diante disso tudo somos ignorados em nossos anseios por grande parte da sociedade, já que, por vários motivos, é mais simples e cômodo culpar-nos pelo caos em que se encontra a segurança pública.
Mas o que me motivara a publicar este post é a conivência das nossas entidades representativas, sejam sindicatos ou associações, bem como a nossa estupidez, pois vem ano passa ano caímos no conto do vigário contado pelo governo e apoiado, ainda que veladamente, por tais entidades.
É sempre a mesma história, passados alguns meses no ano, começam a surgir os boatos, por exemplo, ao se iniciar um ano surgem àqueles que garantem que tudo irá mudar em março, "em março muda tudo, cai delegado geral, secretário" e o diabo a quatro, e o que fazemos? Ficamos como cordeirinhos, quietos aguardando as mudanças, e o que ocorre? Chega março, passa março, e nada acontece. Ai, quando nos refazemos do baque e começamos a nos questionar, mais uma vez eles reaparecem, os boatos, alguns dando conta de que o projeto de reestruturação agora sai, sendo que, durante este período alguns garantem tê-lo visto na mesa do Delegado Geral, do Secretário de Segurança, do Secretário de Gestão, do Governador, e assim foram tantas as mesas em que passara, que ao final desaparecera, como num passe de mágica, e mais uma vez somos passivamente ludibriados. 
Assim, passam-se os anos e continuamos na lesma lerda, e os Governos com o auxílio das "nossas" entidades vão protelando a reorganização necessária na Polícia Civil, e nós o que fazemos? Como naquele seriado norte-americano, onde o protagonista assim como nós é um idiota, vamos caindo no "velho truque" dos benefícios e das mudanças que nunca vem.

Roberto Requião, Seja Homem!

Já me antecipo dizendo que, sinceramente, não pretendia voltar ao tema sobre o destempero do Senador Roberto Requião ao "apropriar-se", como já está acostumado (embora a sua pensão vitalícia esteja amparada por lei), do que é dos outros, mas após ver nas manchetes de hoje a sua defesa em plenário, não pude me conter.
Ora, uma pessoa que gosta de transparecer, sempre que possível, que é macho demais, deveria manter-se macho por todo o tempo, principalmente após o ato covarde que praticara, e, portanto é um absurdo que agora ele venha se dizer vítima de "bullying público", pois parece uma alegação deveras afrescalhada para alguém tão macho.
O ato que fora protagonista, como já disse, seria inadmissível para qualquer pessoa, o que dizer quando o mesmo ato é praticado por um Senador da República? Mas, caso ele viesse à público para demonstrar algum tipo de arrependimento e desculpar-se, poderíamos reavaliar o seu ato, ou então que ele reafirmasse a sua conduta como macho que diz ser, e ai poderíamos deduzir que, embora idiota ele é coerente.
Mas não, o que ele faz? Em discurso na tribuna, se diz vítima de "bullying público", ora Senador, seja homem, assuma a responsabilidade por seus atos, bata na mesa e reafirme a sua conduta, comunique à todos da imprensa que ao menor sinal de pressão adotará o mesmo procedimento com quem quer que seja, afinal é macho, e muito embora não seja esta a conduta que esperamos de um político, ao menos mostre que é homem e defenda a sua posição.

Requião, Ser Macho é Ser Honesto no Brasil!


"Eu estava louco para dar porrada em um garoto", quanta "macheza" não? Ao ouvir estas palavras muitos devem creditá-la a alguém desprovido de estudo, uma pessoa simples e de origem humilde que diante de uma situação de confronto deixara a sua emoção sobressair-se à razão.
Mas acreditem estas palavras foram ditas por uma pessoa escolhida pelo povo para representá-lo no Senado Federal, ex-governador de estado, do Paraná, ou seja, uma pessoa que, em tese, deveria deixar que a razão lhe guiasse, ele  é o Sr. Roberto Requião, que demonstra ser muito macho diante de profissionais de imprensa e de pessoas de bem, mas que duvido que tomaria tais atitudes contra o crime organizado que graça em nosso país.
A sua demonstração de destempero se dera ao ser questionado pelo dito profissional da rádio bandeirantes, Sr. Victor Boiadijan, sobre a sua pensão vitalícia como ex-Governador do Paraná no valor de R$ 24.117,62, e que se ele seria capaz de abrir mão dela já que naquele momento pregava a prática de medidas de contenção de gastos por parte do governo.
Para que? A pergunta fora o estopim para que o Sr. Requião tomasse o gravador das mãos do repórter,   seguida de uma breve e mal-educada discussão, esquecendo ele que a pergunta em si nada alteraria o ato obsceno e imoral de dispor de uma pensão vitalícia, ainda que legal, o mesmo servindo à todos que também usufruem deste benefício.
É cada vez mais impressionante o modo de agir destes calhordas, pois praticam inúmeros atos ilegais ou imorais, e ainda assim se acham no direito de censurar quem os questione, demonstrando assim uma atitude contraditória, pois se realmente acreditassem estarem certos não haveriam de preocupar-se com uma simples pergunta.
Agora sei que parecerei chato por insistir no assunto, mas devo lembrar que um tipo tosco e ignorante como este, por pior pessoa que possa ser e por pior que sejam os seus atos, se tornou Senador da República por meio do voto, ou seja, se ele está lá é porque o povo assim deseja, e se o povo deseja uma porcaria como esta, quem haverá de provar, à tão "macho" Senador, que se os seus atos já são impróprios à qualquer pessoa, o que dizer de uma autoridade como ele.
Eu já ia me esquecendo, o nosso Presidente do Senado José Sarney ao partir em defesa do Senador Requião se saiu com a seguinte pérola:  “O senador Requião é um cavalheiro. Deve ter ocorrido um mal-entendido, com certeza houve um equívoco”, ora o que poderíamos esperar de pessoas da mesma laia? 

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O Fim Está Próximo?


Posto a seguir um texto muito interessante publicado pela colunista Márcia Denser no site Congresso em Foco, e que antes de pregar uma visão do futuro nos convida à uma reflexão sobre as conseqüências dos atos praticados pelos governos imperialistas.

22/04/2011 - 07h00

A síndrome de Vietnam

"O capitalismo vai ficando à deriva a menos que, por algum exercício de futurologia, seja detectado algum tipo de mão invisível universal (e burguesa) capaz de impor a ordem (monetária, comercial, político-militar etc.)"
Fundada em algumas reflexões do economista argentino Jorge Beinstein (publicadas originalmente emhttp://resistir.info), pode-se observar que os grandes movimentos geopolíticos atuais propagam-se simultâneamente em quatro direções: declínio do império americano, retorno à ênfase militarista, transformações periféricas e insurreição global.
Desde o final do século XVIII, a história do capitalismo gira em torno do domínio, primeiro inglês e depois norte-americano. Capitalismo mundial, imperialismo e predomínio anglo-americano constituem um só fenômeno, agora decadente. A articulação sistêmica do capitalismo surge historicamente indissociável de um articulador imperial, mas num futuro previsível não aparece nenhum novo imperialismo global ascendente; em consequência, o planeta neoliberal vai perdendo uma peça decisiva do seu processo de reprodução. UE e Japão tornaram-se tão decadentes quanto os EUA. E a China, que baseou a sua espetacular expansão numa grande ofensiva exportadora para os mercados, agora declina na proporção dessas três potências centrais. 
O capitalismo vai ficando à deriva a menos que, por algum exercício de futurologia, seja detectado algum tipo de mão invisível universal (e burguesa) capaz de impor a ordem (monetária, comercial, político-militar etc.). Infelizmente, de acordo com a teoria econômica – também liberal – neste caso estaríamos extrapolando ao nível da humanidade futura a referência à mão invisível (dos mercados?) posto esta ser inexistente. Segundo o autor, o declínio da maior civilização jamais conhecida na história humana apresenta vários cenários futuros: alternativas de auto-destruição e de regeneração, de genocídio e de solidariedade, de desastre ecológico e de reconciliação do homem com seu meio ambiente: “Estamos retomando um velho debate sobre alternativas interrompido pela euforia neoliberal; a crise rompe o bloqueio e nos permite pensar o futuro.”
O século XXI assinala um paradoxo crucial: o capitalismo assumiu uma dimensão global, mas iniciou igualmente o seu declínio. E tal fato já foi assinalado por vários autores, inclusive o nosso José Luís Fiori. Por outro lado, cem anos de revoluções e contra-revoluções periféricas produziram grandes mudanças culturais: agora na periferia (completamente pós-moderna, isto é, completamente subdesenvolvida) existe um enorme potencial de autonomia nas classes baixas. Aqui se apresenta o que poderíamos definir como “património histórico democrático forjado ao longo do século XX.” 
Os povos periféricos construíram sindicatos, organizações camponesas, participaram em votações de todo o tipo, fizeram revoluções, reformas democratizantes; na maior parte das vezes fracassaram. Tudo isso forma parte da sua memória, não desapareceu; pelo contrário, é experiência acumulada, processada em geral de maneira subterrânea, invisível aos observadores superficiais. Isso foi reforçado pela própria modernização que, por exemplo, lhes fornece instrumentos, como a internet, que permitem intercambiar informações, socializar reflexões. Finalmente, a decadência geral do sistema, o possível começo do fim da sua hegemonia cultural, abre um gigantesco espaço para a criatividade dos oprimidos. 
A guerra no Oriente Médio engendrou um imenso pântano geopolítico do qual os ocidentais (EUA e países da Otan) não sabem como sair; consolidou e estendeu espaços de rebelião e autonomia cuja contenção é cada dia mais difícil, situação perante a qual tudo o que o Império faz é redobrar a violência militar. A Coréia do Norte não pôde ser dobrada, nem o Irã, a resistência palestina segue de pé e Israel, pela primeira vez na sua história, sofreu uma derrota militar no sul do Líbano; a guerra do Iraque não pôde ser ganha pelos Estados Unidos, o que os coloca ali numa situação que conduz à perda do poder nesse país: a Síndrome de Vietnam se generaliza no mundo todo para os EUA.
Beinstein também é preciso ao diagnosticar a situação no Third World: 
“No outro extremo da periferia, na América Latina, o despertar popular transcende os governos progressistas e deteriora estrategicamente as poucas oligarquias direitistas que ainda controlam o poder político. O projeto estadunidense de restauração de 'governos amigos' tropeça num escolho fundamental: a profunda degradação das elites aliadas, sua incapacidade para governar em vários dos países candidatos à viragem para a direita, sendo que o Império não pode (nem tem condições) de deter ou desacelerar a sua ofensiva, à espera de melhores contextos políticos. 
O ritmo da sua crise sobredetermina a sua estratégia regional; em última instância, isto não é completamente diferente da situação na Ásia onde a dinâmica imperial combina a sofisticação e a variedade de técnicas e estruturas operativas disponíveis com um comportamento absolutamente cruel. Se observarmos o conjunto da periferia atual a partir do longo prazo histórico, vemos um poder imperial desorientado enfrentando uma onda gigantesca e plural de povos submersos desde o Afeganistão à Bolívia, da Colômbia às Filipinas, expressão da crise da modernidade subdesenvolvida. É o começo de um despertar popular muito superior ao do século XX. 
Em meio a estas tensões surge um leque de mutações periféricas fundadas na possibilidade de gerar uma desconexão encabeçada pelas nações chamadas emergentes; o que é no fundo uma fantasia que não toma em consideração o fato decisivo de que todas as 'emergências' (as da Rússia, China, Brasil, Índia, etc) se apoiam na sua inserção nos mercados dos países ricos. Se esses estados que vêm praticando neokeynesianismos mais ou menos audazes, compensando o esfriamento global, quisessem aprofundar esses impulsos de mercado interno e/ou interperiféricos, se encontrariam, cedo ou tarde, com as barreiras sociais dos seus próprios sistemas económicos, com os seus próprios capitalismos reais e, em especial, com os interesses das suas burguesias financeirizadas, transnacionalizadas e apátridas.
Nos anos 1990, os neoliberais de plantão nos diziam que a globalização constituía 'um fenômeno irreversível', que o capitalismo havia adquirido uma dimensão planetária que arrasava com todos os obstáculos nacionais ou locais. Não se davam conta de que essa irreversibilidade, transformada pouco depois em decadência global do sistema, abria as portas a um sujeito inesperado: a insurreição global do século XXI; o tempo (a marcha da crise) joga a seu favor. O império e seus aliados diretos e indiretos quiseram fazê-la abortar, começando por tentar apagar a sua dimensão universal, tratando midiáticamente de transformá-la (fragmentá-la) numa coleção de resíduos locais sem futuro. 
Mas essas resistências residuais possuem uma vitalidade surpreendente, se reproduzem, sobrevivendo a todas as tentativas de extermínio e quando focalizamos o percurso futuro do declínio civilizacional em curso, a profunda degradação do mundo neoconservador, o seu avançar para a barbárie antecipando crimes ainda maiores, então a globalização da insurreição popular aparece como o caminho mais óbvio para a emancipação das maiorias submersas – o que implica em sua única possibilidade de sobrevivência digna.”


*A escritora paulistana Márcia Denser publicou, entre outros, Tango fantasma (1977), O animal dos motéis (1981), Exercícios para o pecado (1984), Diana caçadora (1986), A ponte das estrelas (1990), Toda prosa (2002 - Esgotado), Caim (Record, 2006), Toda prosa II - obra escolhida (Record, 2008). É traduzida na Holanda, Bulgária, Hungria, Estados Unidos, Alemanha, Suíça, Argentina e Espanha (catalão e galaico-português). Dois de seus contos - "O vampiro da Alameda Casabranca" e "Hell's Angel" - foram incluídos nos Cem melhores contos brasileiros do século, organizado por Ítalo Moriconi, sendo que "Hell's Angel" está também entre os Cem melhores contos eróticos universais. Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, é pesquisadora de literatura e jornalista. Foi curadora de literatura, até outubro de 2010, da Biblioteca Sérgio Milliet em São Paulo.

domingo, 24 de abril de 2011

De Acusado a Assessor da Receita Federal!


Como é bom viver num país onde os seus amigos são tão importantes não? É lógico que nesta sistemática só alguns se encaixam, pois não é qualquer um que pode ser acusado do que for e ainda assim arrumar uma "boquinha" bem remunerada no governo federal.
E esta é a história da vida do Sr. Ronaldo Medina, que por uma daquelas coisas da vida parece ter no novo Secretário da Receita Federal, Sr. Carlos Alberto Barreto, um amigo certo para horas incertas, a ponto de nomeá-lo para a sua assessoria pessoal tornando-o um de seus homens fortes, e assim em contato com temas dos mais importantes em matéria tributária.
Ora, nada mais evidente do que nomear alguém de sua confiança para cargos de tamanha responsabilidade, não? Sim, é lógico que sim, o problema é que este indivíduo responde a processo por suposto ato de improbidade administrativa, e seria de bom tom que ele não fosse indicado e nomeado no transcorrer de tal procedimento judicial.
O ato pelo qual é acusado pelo Ministério Público é o de ser o responsável pela norma técnica supostamente destinada a facilitar a importação de máquinas de jogos de azar, claramente proibida no país. A tal norma técnica é denominada como Solução de Consulta 9 (SC 9), criada em 2002 pela área então chefiada por Medina, e que, segundo o Ministério Público, enquadrava máquinas de jogos como video-pôquer e video-bingo, na mesma categoria de computadores para importação. 
Segundo tal processo a medida visava facilitar  a liberação de máquinas apreendidas no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro para empresários do ramo, contudo o plano não dera certo, pois fiscais não teriam aceitado o teor da norma, trazendo o caso à tona. Pelo que consta o próprio Medina teria ignorado quatro avisos diferentes de que a norma era irregular.
Em sua defesa diz o novo Secretário da Receita Federal, Sr. Carlos Aberto Barreto, que "deve prevalecer a presunção de inocência até que ocorra a manifestação final do mérito na esfera judicial." 
Confesso que até concordo com o argumento de defesa do novo Secretário da Receita Federal, o que não acredito é que para tal cargo não houvesse um nome sequer que não estivesse prestando contas à justiça para a indicação, e isso só vem a aflorar suspeitas, pois seria o Sr. Medina tão competente que não poderia se aguardar a decisão do caso na justiça para a sua indicação? Ou será que o nosso novo Secretário dispõe de tão poucas pessoas de sua confiança que não haveria como abdicar da indicação de seu amigo? Ou então, há algo de que não sabemos, mas que torna o tal do Sr. Medina tão imprescindível ao Secretário?
De qualquer forma não precisa ser nenhum intelectual para perceber da inoportuna medida do Secretário da Receita Federal, mesmo porque o seu cargo é dos mais importantes do país, e seria bom que não deixasse pairar sobre a sua conduta qualquer espécie de dúvida, o que pode torná-lo suscetível de alguma forma de pressão.
É, como diz a canção "amigo é coisa para se guardar do lado esquerdo do peito, dentro do coração..."  

A Ditadura Militar No Brasil.

Há muito se discute a necessidade ou não da abertura dos arquivos da ditadura, sendo que muitos pregam a revisão da anistia política concedida aos membros de ambos os lados, militares e os seus contrários, sob o argumento de que no tocante aos atos de tortura praticados pelos militares não caberia tal concessão.
São inúmeras as manifestações pela averiguação dos acontecimentos que vitimaram inúmeras pessoas contrárias ao governo militar golpista, durante os obscuros anos de chumbo, sendo que em momento algum se pronunciam por uma devassa ampla, objetivando aferir a responsabilidade e os atos de todos os envolvidos, pertencessem eles ao grupos dos governistas ou aos seus opositores, mas ai é uma outra história.
O que pretendo aqui é convidá-los a uma reflexão sobre o tema, pois me soa estranho tantas manisfestações oriundas dos mais variados personagens, mas raramente dos principais interessados. Por parte dos militares já é pública a posição de que a anistia fora ampla, geral e irrestrita, e, portanto não os interessaria uma investigação sobre os atos praticados durante o período, mas e quanto aos seus opositores à época? Àqueles mesmos que bradam à plenos pulmões o quanto foram perseguidos, torturados e humilhados, e que hoje encontram-se em grande parte governando o país.
Vemos agora, mais do que nunca o tema ressurgir, embora estes mesmos protagonistas já estivessem em posições de comando no país desde o período de "flexibilização" política em 1982, atingindo o comando pleno sobre os destinos da nação já em 1985 com a abertura política, consolidado pela promulgação da atual Constituição Federal em 1988 e pela primeira eleição direta para Presidente da República em 1989, mas ainda assim, não se manifestaram de maneira decisiva sobre algo que seria óbvio, já que haviam sofrido tanto de forma injusta e cruel, e àquele seria o momento, pois o regime militar havia ruído por completo e o país passava a respirar novos ares, ares de democracia, liberdade e justiça.
Mas estranhamente não foi o que se viu, os maiores interessados não se pronunciaram até hoje, e por que? Será que diferente daqueles que gritam por uma investigação sobre o que os militares teriam cometido à época, eles temem por algo? Não lhes seria interessante confrontar os militares por questões políticas ou de consciência? Será que estes que hoje comandam a nação na realidade não foram tão perseguidos assim? O que estes representantes do grupo que "lutava" contra o regime militar tanto temem? Qual a verdade que muitos dos que hoje governam o país hoje não querem ver revelada?
Sei que são muitas as perguntas, mas pensem comigo, faz algum sentido, já que contamos atualmente com 26 anos do fim da ditadura militar e ainda assim quase nada foi sequer revelado como a abertura total dos arquivos da época, quanto mais com o julgamento daqueles que porventura tenham cometidos crimes nos 21 anos de regime, embora em vários outros países da América do Sul muitos já estejam cumprindo penas por atividades similares as cometidas aqui.
Vemos recentemente a Presidente Dilma determinar o fim dos sigilos eternos, mas pessoalmente vejo este ato como extremamente tímido, ainda mais levando-se em conta que ela como tantos outros "sofreu" nas mãos de facínoras.
Por mim, creio que se havia algo que justificasse uma investigação procurando determinar os responsáveis pelos atos criminosos durante a ditadura militar, ele deveria ter sido apurado na época devida, ou seja, logo ao seu fim, pois tanto as provas como os culpados ainda encontravam-se em evidência. E deveriam apurar os atos praticados por ambos os lados, pois é clara a participação dentre os opositores do regime, de criminosos comuns que se acobertaram sob o manto da resistência à ditadura militar, e que na minha opinião povoam grande parte dos postos de comando em nosso país atualmente.
Que o regime militar durante o período de ditadura fora um golpe de estado incentivado e financiado pelos Estados Unidos creio não haver mais dúvidas, que durante os anos que se seguiram foram cometidos os mais variados e sórdidos crimes contra àqueles apontados como contrários ao sistema vigente, também acredito não caber discussão, mas que dentre os que se opunham ao regime, somente àqueles que o faziam por ideologia não sobreviveram, isto para mim é muito evidente, é óbvio que alguns que se moviam por questões ideológicas ainda conseguiram resistir a toda sorte de sofrimento e ainda hoje estão entre nós, mas certamente nenhum deles encontram-se em posições de comando neste país, posições que se restringiram aos que souberam se beneficiar dos sonhos de outros, e que como única ideologia tem o de assumir o poder a qualquer custo e para beneficio próprio.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Parece Que a Polícia Começa a Ser Lembrada!

Parece que enfim a Polícia começa a ser lembrada neste país, se não pelo estado ao menos por partes da população, se não por nossas entidades "representativas", por parcela da imprensa como já demonstrado em meu post "Polícia Civil Na Visão do Estadão", e há de se ressaltar que a lembrança ultimamente diz respeito aos nossos mais antigos anseios, como melhores condições de trabalho e de salário.
Portanto, devemos aproveitar o momento, mas para tanto necessitamos de uma entidade que realmente nos represente, e não ao estado como vemos atualmente, e deve ser uma entidade representativa da Polícia Civil como um todo, pois juntos somos fortes, deixando de lado sentimentos mesquinhos de que uma carreira seja mais importante do que outra, como já tratado por mim no post "Parabéns aos Senhores Delegados!", já que este é claramente um dos motivos por nossa perda de força e prestígio.
Sendo assim, posto a seguir uma coluna do site Yahoo, onde o seu autor demonstra, apesar de assumidamente desconhecer a fundo o assunto, o seu apoio por uma Polícia séria, competente, profissional, motivada e bem remunerada.


Por Celso Athayde . 22.04.11 - 14h26

Um verdadeiro caso de polícia

Normalmente, quando se fala de polícia, é para reclamar. Lógico, apesar de todos acharem importante o trabalho dos policiais, ninguém gosta de ser revistado, parado por eles. Bafômetro então… nem senador gosta. Em geral, a polícia é o nosso saco de pancada. Todo mundo gosta de bater – de longe , claro. Temos razão muitas vezes, e outras nem tanto, mas hoje a ideia não é bater nem elogiar a corporação, mas provocar uma reflexão a respeito das reivindicações que eles têm feito há algum tempo.
Tô falando de uma tal de PEC 300. Lógico que eu não sei profundamente o que é isso, e nem quem são as pessoas que são contra ela, por isso a reflexão é importante. Em um país capitalista, é natural que o objeto central de reivindicações sejam melhores salários para os profissionais terem mais dedicação por suas atividades e ampararem melhor suas famílias. Isso serve pra todo mundo , não seria diferente aqui. Mas o que nós temos com isso? Aí é que eu também quero saber. Depois de pensar um pouco sobre isso, percebi que não se trata somente de aumento de salário para policiais , mas de uma nova ordem, uma reorganização da segurança pública. Sendo assim, seria um problema de todos nós, pois as conseqüências de um novo modelo e de bons salários impactaria diretamente no dia a dia das cidades, na tranqüilidade das instituições.
Bem, então é simples, basta aprovar e votar a tal da PEC 300, já que todos juram que a polícia vai ser muito melhor, menos corrupta. Até onde eu sei, o gargalo está no fato de que no dia 4 de setembro de 2008 começava a tramitar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 300, que propunha equiparar os vencimentos das Policiais Militares e Bombeiros Militares de todas as unidades da federação com os praticados pelo Distrito Federal, de autoria do Deputado Federal Arnaldo Faria de SÁ(PTB/SP).
Mais de dois anos se passaram e pouca coisa avançou na discussão. De vez em quando aparece uma crise aqui, outra lá, e a polêmica volta a tona. Foi o que aconteceu por exemplo durante a operação no Complexo do Alemão , quando muitos policiais após serem chamados de heróis não perderam a oportunidade de dar uma cutucada na tal PEC. Alías, quanto será que eles ganham? Quanto será que eles merecem ganhar? Na época, o líder do governo na câmara, Claudio Vacarezza, disse que ela seria votada ainda em 2011. Por enquanto ainda não aconteceu.
Enquanto a votação não sai, cada parte envolvida puxa a sardinha para o seu lado. O governo alega que equiparar os salários de todo o Brasil aos do Distrito Federal geraria mais um rombo no orçamento, e pelo que estou vendo acho que vai ter rombo mesmo. O governo Dilma, como todos sabem, iniciou-se com o anúncio de um grande corte de verbas, a fim de equilibrar as contas públicas.
A PEC-300 estabelece que caberá ao governo federal o encargo de complementar os novos salários dos PMs enquanto os Estados não puderem assumir os gastos. O salário inicial de um policial de Estados como Pernambuco ou Alagoas, por exemplo, que não chega muitas vezes a R$ 900,00 passaria para cerca de R$ 4.000,00, de acordo com o salário inicial de um policial do Distrito Federal. 
Por outro lado, os policiais alegam que teriam condições dignas de vida, teriam o salário que merecem, e que não precisariam fazer os famosos “bicos”. Uma anomalia inclusive. O segundo emprego é ilegal, já que, de acordo com a lei, o policial deverá ter exclusividade, dedicação total a você, tipo Casas Bahia. Essa ilegalidade deixa muitas vezes de ser fiscalizada ou denunciada pelos superiores, visto a impossibilidade de nossos “policiais infratores” viverem e sustentarem família apenas com seus vencimentos. 
A PEC 300 seria então a solução para os “bicos”? Não veríamos mais policiais trabalhando como seguranças em eventos, festas, farras e etc? E a corrupção então? Será que com salários dignos e que merecem acabaria o famoso “café”? Porque agora sim os policiais poderiam pagar seus cafés, refrigerantes, chás e até mesmo aquela cervejinha. Fora do expediente, claro. A medida acabaria com a corrupção? Ou esse seria um mal que assola a sociedade como um todo?
proteção. 
Enfim, seja como for, enquanto a PEC não vem desejo a todos um bom domingo com 300 ovos de páscoa se for possível. 

TABELA DE VENCIMENTOS DA PM DO DISTRITO FEDERAL – REF. 2008. 
Coronel – 15.355,85
Tenente Coronel – 14.638,73
Major – 12.798,35
Capitão – 10.679.82
1º Tenente – 9.283,56
2º Tenente – 8.714,97
Aspirante – 7.499,80
Sub Tenente – 7.608,33
1º Sargento – 6.784,23
2º Sargento – 5.776,36

Celso Athayde, fundador da Cufa (Central Única das Favelas), é produtor cultural e um dos pioneiros do hip hop no Brasil, com o projeto Hutúz. Autodidata, Celso assina três best sellers: é coautor dos livros “Falcão, Mulheres e o tráfico”, “Falcão, Meninos do Tráfico” e “Cabeça de Porco”. Também se descobriu cineasta, produzindo e dirigindo o documentário Falcão Meninos do Tráfico, co-dirigido por MV Bill.
É Fellow da Ashoka desde 2007 e realiza grandes manifestações esportivas e culturais em prol da inclusão social e do exercício da cidadania.
Celso escreve a coluna Minha Alma quinzenalmente, às sextas-feiras. Leia mais textos dele no site Porradão

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Governadores Em Processo de Cassação!


Caramba! Está cada dia melhor o nível dos nossos políticos, temos bandidos nas várias Câmaras de Vereadores deste nosso vasto território, o mesmo ocorrendo nas Assembléias Legislativas Estaduais e Distrital, no Congresso Nacional, conforme já expus em post recente (Crimes No Congresso!), sem contar os detentores de cargos no Poder Executivo, e que agora parece terem descambado definitivamente para a bandalheira.
Vejo na imprensa que dos 27 Governadores, eleitos em 2010, portanto em princípio de mandato, 10 já respondem à processos de cassação, ou seja, é mais um recorde para o Brasiiiiiiiiiil! Quanto orgulho não?
Imaginem que se passaram algo em torno de 4 meses da posse e podemos ter quase metade os Governadores Eleitos perdendo o mandato, e mais, é bom lembrarmos, só para refrescar a memória e chamarmos à responsabilidade, que todos foram eleitos pelo voto direto, nosso voto, e, portanto, nós também somos responsáveis pelo fato.
Entre os processados na Justiça Eleitoral está o governador do segundo maior colégio eleitoral do Brasil, Minas Gerais, Antônio Anastasia (PSDB). A maior parte dos governadores que tiveram os mandatos questionados na Justiça é da região Nordeste: Wilson Martins (PSB-PI), Rosalba Ciarlini (DEM-RN), Cid Gomes (PSB-CE), Roseana Sarney (PMDB-MA) e Teotônio Vilela (PSDB-AL). A região Norte tem quatro governadores impugnados: Omar Aziz (PMN-AM), Anchieta Júnior (PSDB-RR), Tião Viana (PT-AC) e Siqueira Campos (PSDB-TO).
A tramitação desses processos, no entanto, pode durar quase o tempo inteiro do mandato de quatro anos.
Uma das fases mais demoradas do processo é a produção das provas e os depoimentos de testemunhas que servirão de base para cassar ou absolver o governador questionado na Justiça Eleitoral. Apenas três processos de pedido de cassação estão nessa fase mais avançada. São as ações contra os governadores Siqueira Campos (TO), Teotônio Vilela (AL) e Rosalba Ciarlini (RN).
Sete dos 10 governadores que respondem a processo no TSE foram eleitos no primeiro turno. Como tiveram mais de 50% dos votos válidos, caso sejam cassados, a Justiça eleitoral pode determinar a realização de uma nova eleição nesses estados.
Nos locais onde a disputa foi definida no segundo turno, o segundo candidato mais votado pode ser empossado em caso de cassação do titular do cargo. O tribunal tem decidido dessa forma nos últimos anos, mas esse entendimento pode ser modificado.
Diante de tudo isso só nos resta lamentar que a população ainda não tenha tomado consciência das suas responsabilidades, pois se fosse diferente a nossa conduta maus elementos como estes não seriam eleitos e se acaso ocorresse a eleição de algum destes, certamente, a decisão da justiça seria o menor dos seus males, diante da decisão do povo.

Luíz Inácio Falou ...


Parece que tem certas coisas de que nunca mais nos livraremos, tal como o fato de sermos sempre lembrados por ser o país do futebol, ou então o país do Carnaval, das mulheres nuas e fáceis, da prostituição, da corrupção, do jeitinho, do lugar onde tudo se pode, do refúgio de bandidos internacionais, e muitas outras características, nada louváveis, que nem me recordo no momento.
Mas para alguns tudo isso é pouco, e para ampliar ainda mais a lista de coisas ruins diretamente ligadas à nossa imagem somos obrigados a ouvir os comentários do Luiz Inácio Não Sabe de Nada Lula da Silva, e o que mais espanta é o fato de partirem de uma pessoa que nunca sabe de nada, ora, como pode?
Se alguém sempre quando questionado lhe responde não saber de nada, que condições tem de tecer algum tipo de comentário? Ora, mais que uma pessoa sem estudos, ele demonstrara durante o seu mandato ser um "analfabeto" quando a conveniência lhe favorecera, pois quando questionado sobre o fato de alguém estar roubando ao lado do seu gabinete no Palácio do Planalto, a sua resposta fora simples como alguém não letrado, "não sei de nada"; quando questionado sobre o fato do seu filho ser um fenômeno das telecomunicações, mais uma vez, "não sei de nada"; questionado sobre o mensalão, Marcos Valério e José Dirceu, o coitado sem estudo respondera, "não sei de nada", e assim se deu, quando lhe era conveniente se portava como alguém que representava a maioria do nosso povo sem estudo e humilde.
E agora, quando já parecia termos nos livrado de tão repugnante figura, ele ressurge, primeiro em tom de ameaça, prevendo que o seu PT irá governar o país por pelo menos 20 anos, o que infelizmente parece bem razoável ao se contar com a alienação política total da nossa população, auxiliada pela falta de uma oposição estruturada e real.
E sobre o assunto ainda afirmou que o PSDB "não tem um perfil ideológico definido", o que novamente não deixa de ser verdade, contudo, a que ser feita a ressalva sobre o fato de não existir nenhum partido com perfil ideológico definido, a começar pelo próprio PT de origem esquerdista, que passou, pelas próprias palavras do seu atual presidente nacional, para a ininteligível centro-esquerda, mas que vemos a cada dia estar muito mais para um partido de direita, desqualificando assim qualquer crítica sobre o assunto, pois o PT há muito deixou de lado o seu perfil ideológico.
Evidenciou ainda, o que já não é novidade para ninguém, o fato de disputas internas levarem ao enfraquecimento do partido tucano, o que só é mais um fator a beneficiar o PT, e infelizmente a colaborar para a implantação de uma ditadura petista, ditadura do voto, mas ainda assim ditadura. 
E assim, incluí-se agora o ex-Presidente como mais dos itens que marcam a nossa a imagem, sem contudo nos dar qualquer orgulho do feito. 

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Twitter do Geraldo Alckmin!


E viva o senhor demagogo! São várias as maneiras disponibilizadas atualmente para que as pessoas se expressem, blogs, facebook, twitter, orkut, só para citar os que conheço.
Mas o que as pessoas ainda não entenderam é que devemos utilizar tais instrumentos para expressões construtivas dos nossos pensamentos, pois embora nada impeça a expressão de bobagens, é óbvio que a publicidade de besteirol só vem a depreciar àquele que o publicou.
Agora há ainda os cínicos, pessoas que utilizam-se dos instrumentos sociais para expressar idéias que jamais pensaram ou pensariam em colocar em prática, e dentre os seus maiores disseminadores estão sem dúvida alguma os políticos.
E a última demonstração pública de cinismo partira de um campeão de bilheteria no assunto, o Governador do Estado de São Paulo, Sr. Geraldo Picolé de Chuchú Alckmin, onde postara em seu twitter a seguinte pérola: "A obra prima do estado é a felicidade das pessoas. Ser parceiro, promover o desenvolvimento, o emprego, ajudar a quem precisa."
Quanto cinismo não? Vai ser cara de pau no inferno, com ele no governo as únicas pessoas a desfrutar da felicidade são a sua família, os seus cupinchas e àqueles do partido.
Ser parceiro deve dizer respeito à algum sonho seu de consumo. Promover o desenvolvimento, o emprego e ajudar a quem precisa, certamente refere-se ao seu cunhado.
Ora Governador vá falar asneira para àqueles da "high society" de que tanto gosta, pois entre eles, estas suas palavras soarão com total insignificância, para os que entenderem o seu significado, já que sabem de suas preferências sociais, e para a grande maioria não causará nenhuma reação pois são completamente idiotas, sendo exatamente este o motivo para uma harmonia tão grande entre eles e você.

Crimes No Congresso!


Vejam os senhores o quão estarrecedora é a situação política no Brasil, enquanto estamos cada vez mais preocupados com a crescente alta da criminalidade, ainda mais daqueles casos envolvendo crimes cada vez mais bárbaros, embora tenham políticos divulgando estatísticas claramente manipuladas, uma vez que os seus números em momento algum coadunam com o nosso sentimento diário de insegurança, tomamos conhecimento de um levantamento em que se apuram números de crimes cometidos dentro do Congresso.
Sabe o que isso significa? Nada além de que, a casa legislativa onde, como o próprio nome diz, devem ser criadas leis, leis de caráter e abrangência nacional, são cometidos os mais variados tipos penais.
Segundo o levantamento do site "Congresso em Foco" naquela casa são cometidos os crimes de grampos ilegais, fraudes, pedofilias, roubos e furtos. E não é só isso, há ainda os casos de funcionários fantasmas e de cobrança de pedágio, onde o funcionário para ser contratado deve contribuir com parte do seu salário à quem o contratou.
E o que pode-se esperar de um lugar que antes de uma casa legislativa se tornara um antro de criminalidade?
Observando-se que dentre os casos apurados foram separados apenas os casos considerados pelo site com maior gravidade.
Mas e dai? O que fazemos? Nada, simplesmente nada, e a cada nova eleição damos aos bandidos que nos pedem votos o benefício da dúvida, só não se sabe dúvida de que, pois estes cafajestes já não se preocupam mais em disfarçar a sua conduta, pois estão conscientes de que o povo na hora do voto acaba por optar por alguém.
A opção na hora do voto deve ser entendida como o que é, opção, onde dentre as suas alternativas estão ainda o voto em branco, e nulo, pois temos que ser conscientes de que um voto dado na última hora não significa em momento algum sinal de sapiência, mas sim de comodismo daqueles que pretendem demonstrar alguma consciência política, embora seja no restante do seu tempo um alienado total.

terça-feira, 19 de abril de 2011

PSD 6 X 0 PSDB, Por Enquanto!

O placar atual está em 6 a 0 para o PSD contra o PSDB, e nisso só temos a agradecer, pois a tucanada deve ser depenada de uma vez por todas do cenário político nacional. Sendo este o número de vereadores paulistanos que debandaram para o recém criado partido.
O Kassab percebeu que com o PSDB na área não haveria muito a progredir em termos políticos, pois entre os tucanos sempre surgem nomes aos cargos majoritários, Serra, Alckmin, Aloisio Nunes, Andrea Matarazzo, etc, e sendo assim caberia à ele dar o tiro, que se tudo der certo, será o de misericórdia neste partidinho da "high society".
Pode-se temer que com a queda do PSDB o PSD surja com força o suficiente para tomar o seu lugar, mas pelo que vejo em todo acontecimento recente, este partido nada mais é do que um novo PMDB, com o sentimento de se acomodar sempre entre àqueles da situação, "se há governo estou nesse".
A única coisa a se lamentar caso tudo se personifique como vislumbrado aqui, é que há grande chance do PT e os seus companheiros se perpetuarem no governo federal se solidificando como maior expoente partidário político nacional, e ai ficamos naquela situação onde não pode-se vencer sempre, pois ganha-se de um lado mas  perde-se de outro. 
Agora quanto ao DEM nada mais pode ser feito, com a perda do seu maior "líder" e que detinha a visibilidade necessária para almejar cargos de relevância nacional, parece estar evidente a sua condição de mero coadjuvante nos pleitos eleitorais. 
É, pelo que parece a direita tradicional está agonizando, enquanto a nova direita parece despontar sob a pele da esquerda petista, pois partido que governa para a classe dos ricos e para os banqueiros jamais será de esquerda.

Polícia Civil Na Visão do Estadão.


Postei aqui na íntegra o editorial do Estadão aonde são apontados alguns pontos muito interessantes sobre a situação atual da Polícia Civil do Estado de São Paulo, há que se desconsiderar muito do que se diz no seu início, mas não há como negar que do meio ao seu final são tocados em pontos quase sempre ignorados pela grande imprensa.

Polícia - boas e más notícias

18 de abril de 2011 | 0h 00
Carlos Alberto Di Franco - O Estado de S.Paulo

O problema da segurança pública no Brasil é gravíssimo. E não será resolvido com ações isoladas, mesmo quando expressivas e importantes. É preciso lancetar o tumor, raspá-lo, limpá-lo. É necessário chegar às raízes da doença. Só assim os homens de bem que compõem as fileiras das polícias não serão confundidos com marginais e psicopatas. Só assim o poder do narcotráfico não será substituído pela prepotência criminosa das milícias. O assustador crescimento da criminalidade é a ponta do iceberg de uma distorção mais profunda: a corrupção generalizada, a frequente falta de critérios de seleção para o ingresso nos quadros, os baixos salários e a desmotivação dos bons policiais.
Os policiais do Estado de São Paulo, por exemplo, têm ocupado as nossas manchetes. Com boas e más notícias. A melhor delas, de longe, é o duro combate à corrupção travado pelo secretário de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, com respaldo do governador Geraldo Alckmin. Responsável por afastar 200 policiais do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) e pela investigação sobre fraudes no Departamento Estadual de Trânsito (Detran), que envolveram 162 delegados, Ferreira Pinto sofreu uma incrível retaliação da banda podre da polícia.
Imagens de um encontro do secretário com um repórter do jornal Folha de S.Paulo num shopping paulista foram parar em blogs de policiais. Segundo Marcelo Godoy, repórter do Estado, num desses sites, ligado a um delegado de polícia, o ex-delegado Paulo Sérgio Oppido Fleury - demitido por Ferreira Pinto em 2010 sob a acusação de desviar mercadorias - ameaçava divulgar o vídeo antes de ele se tornar público. O objetivo da espionagem era jogar o governador Geraldo Alckmin contra o secretário, acusando Ferreira Pinto de ser o responsável pela divulgação de informações contra o sociólogo Túlio Kahn, ex-coordenador de estatísticas da Secretaria da Segurança. Sites ligados a policiais civis afirmavam que Ferreira Pinto queria atingir seu colega de secretariado Saulo de Castro Abreu Filho, titular de Transportes, a quem Kahn seria ligado. Castro foi titular da Segurança entre 2002 e 2006. Em sua gestão, três dos suspeitos de envolvimento na espionagem contra o atual secretário faziam parte da cúpula da Polícia Civil.
O secretário Ferreira Pinto não nega que se tenha encontrado com o jornalista da Folha. Mas disse ao repórter Marcelo Godoy que o objeto da conversa fora o recente caso de uma escrivã despida numa revista por policiais. O abuso provocou a queda da cúpula da Corregedoria da Polícia Civil.
O escândalo de espionagem contra o secretário de Segurança Pública derrubou um dos mais importantes delegados da cúpula da Polícia Civil: Marco Antonio Desgualdo. Ex-delegado-geral, ele comandava desde 2009 o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa. Foi flagrado entre os homens que foram ao shopping obter, por meio de suposta fraude, a fita do encontro que Ferreira Pinto teve com o jornalista. Além de Desgualdo, outros dois delegados de classe especial são suspeitos no episódio do shopping: o ex-diretor do Detran Ivaney Cayres de Souza e o ex-diretor do Denarc Everardo Tanganelli. Impressionante!
A criminosa rede de intrigas, no entanto, foi desfeita, graças ao firme apoio que o secretário recebeu do governador. Alckmin é o grande avalista da operação de limpeza da Polícia Civil de São Paulo. E o Estado, felizmente, conta com um secretário de Segurança íntegro e obstinado no combate à corrupção. É, sem dúvida, uma boa notícia.
Mas se o combate à corrupção é essencial, a motivação dos bons policiais não pode ser descurada. A polícia de São Paulo não está bem remunerada. É um fato. O rigor com gastos públicos, saudável e necessário, não pode deixar de lado algo fundamental: é preciso dar salário digno aos profissionais que desempenham tarefas delicadas e estratégicas. Uma simples batida de olhos na tabela de vencimentos da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp) causa incontornável constrangimento. No ranking dos salários das polícias brasileiras, São Paulo está atrás de Sergipe, Alagoas, Tocantins, Piauí, Maranhão...
O salário de um delegado da polícia paulista com mais de dez anos de trabalho, duas promoções e dois quinquênios é de R$ 6,5 mil (valor bruto). Com os descontos cai para menos de R$ 5 mil. O salário de um investigador de polícia gira em torno de R$ 2,5 mil. Com os descontos registrados no holerite termina recebendo R$ 2 mil. Assim não dá.
Acrescente-se a defasagem existente entre o salário dos policiais e o de outras carreiras. Um agente da Polícia Federal, em meados da carreira, cargo que equivale ao de um investigador de polícia, ganha bem mais que um delegado de polícia de São Paulo.
O combate à banda podre da polícia merece o apoio de todos. Mas a valorização dos bons policiais, com salários justos, reconhecimento e adequada jornada de trabalho, é um imperativo. Impõe-se, por exemplo, uma correta distribuição de policiais na burocracia do dia a dia. Não está certo que alguns delegados façam até 18 plantões num só mês, enquanto outros fazem muito pouco. Não parece razoável que uma delegada cuidasse da biblioteca da Delegacia-Geral, enquanto em alguns distritos, e não são poucos, seus colegas estão submetidos a escalas desumanas de trabalho. Tais distorções, contudo, estão sendo superadas. É importante, pois conspiram contra a qualidade do trabalho policial.
Reconheço o esforço do governo para combater o crime e controlar a violência. Mas é preciso mostrar também os desvios. Afinal, um governo que quer acertar só se pode beneficiar das críticas fundamentadas.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Kassab Mostra as Suas Garras.


Quanta ferocidade do Sr. Kassab, até parece uma onça, e com onça vocês sabem como funciona, "cuidado com a onça que ela te avonça!".
Primeiro partiu para o ataque antropófago contra o que era o seu partido, o DEM, implodiu-o sem nenhuma cerimônia, criou o PSD e com ele levou grande parte dos democratas.
Quase que simultaneamente minou a base dos governos tucanos, principalmente no Governo do Picolé de Chuchu em São Paulo, deixando-os à beira de um ataque de nervos.
O baque inicial no PSDB tem grandes possibilidades de ser apenas o início do fim, sim, porque ao que parece o Sr. Kassab não contente em abandonar a tucanada à ver navios, ainda pretende se bandear para os lados dos companheiros do PT, e ao se concretizar tal feito, são grandes as possibilidades do PSDB desmoronar já que os seus principais líderes não se entendem. 
Ai o nosso Prefeito resolvera apontar definitivamente a sua artilharia contra o povo, começando com a intenção de comunicar os órgãos de proteção ao crédito multas aplicadas pelo município e não pagas pelos infratores, independentemente das razões para o não pagamento, evidenciando o seu claro objetivo de aumentar a arrecadação, e, com certeza não é para investir mais em saúde, educação ou qualquer outro serviço colocado à disposição do povo, pois nós sabemos o quanto essa gente gosta do povo.
Agora ele pretende antecipar a cobrança do IPTU, enviando à Câmara dos Vereadores um projeto de lei criando o IPTU proporcional, antecipando a cobrança deste imposto para os imóveis reformados, ampliados ou construídos no decorrer do ano.
Por que tanta avidez para arrecadar cada vez mais? Será coincidência que tantas medidas visando o aumento da arrecadação surja ao mesmo tempo em que se cria o PSD?
Não que eu me posicione contrário as medidas intentadas para se cobrar os débitos daqueles que estão inadimplentes com a administração municipal, o que ocorre é que são criados cada vez mais impostos ou taxas, àqueles que já existem são freqüentemente majorados, os débitos são enviados à justiça como dívida ativa e agora quer "sujar" o nome do cidadão.
É aquela história, já abordada por mim anteriormente, do exemplo a ser dado, ora quer sujar o nome do cidadão, tudo bem, mas que faça o mesmo quando os administradores do nível (baixo por sinal) do Sr. Kassab não cumprem as promessas feitas ao longo da campanha eleitoral, ou então aos péssimos administradores como o Sr. Kassab quando não cumprem as decisões judiciais em que são condenados a pagar a alguém o que deve, mas se blindam por meio dos precatórios.
Uma coisa é certa, se aquilo que pretende para nós for recíproco, o nome dessas porcarias serão sujos de fato e de direito.

domingo, 17 de abril de 2011

Aécio Neves Não Passa Nem em Blitz!


É o que sempre digo, "o exemplo acima de tudo", pois pouco adianta se falar uma coisa se os seus atos apontam noutra direção.
Imagine o efeito disso que digo fazendo uma analogia com a criação dos nossos filhos, do que adianta dizer às crianças "meu filho, não faça isso, porque isso é feio", mas em contrapartida os pais vão e cometem os mesmos erros, e na presença do filho. Os pais dirão o que? "Faça o que digo, mas não faça o que faço?", não, certamente esta não é a forma de se criar uma criança.
Há muito já dizem que o pai é um exemplo para o filho que neste se espelha, mas vou ainda além, os pais na verdade são exemplos para os filhos que tendem a copiá-los em suas condutas e em seus pensamentos, portanto, há de se ter o cuidado de que os nossos atos correspondam ao que pregamos como correto.
E tudo isso serve como introdução ao fato do Sr. Aécio Neves (PSDB/MG) ter sido flagrado por uma blitz no Rio de Janeiro com a sua carteira de habilitação vencida e ainda ter se recusado a submeter-se ao teste do bafômetro.
Ora esta é a conduta que esperamos de um homem público? É óbvio que não, ainda mais quando este homem público é alguém que invariavelmente surge como um nome forte da oposição para candidato ao cargo de Presidente da República.
Como podemos confiar em alguém que sequer "sabe" que a sua carteira de habilitação estava vencida, pois esta foi a sua justificativa, por mais absurda que seja, mas se isto não bastasse ele ainda se recusara ao teste do bafômetro, por que será?
Ele, como qualquer cidadão comum, poderia se recusar a submeter-se ao teste do bafômetro? Em princípio sim, ocorre que ele não é qualquer cidadão comum, e portanto deveria ser um exemplo de conduta, e se por acaso não entende estar pronto para agir como tal que renuncie ao seu cargo de Senador, pois é assim que deve agir um homem público.
E é assim que devemos exigir que os nossos governantes se portem, como exemplos, ou será que vamos continuar elegendo pessoas que dizem uma coisa mas fazem outra, e neste caso com o agravante de que o cargo almejado pelo Sr. Aécio Neves é nada mais nada menos do que o de chefe maior da nação.
Mas por outro lado, não creio em grandes chances de vitória numa eleição presidencial de alguém que sequer consegue passar numa blitz policial.

Sr. Jorge Hereda Cadê o Bom Senso?


Ainda cultivamos entre nós a idéia de que tudo se resolve por meio da criação de lei, então se há uma situação onde a repercussão toma os noticiários, já partem para a "solução" e criam uma nova lei.
Temos uma legislação que, embora conte com muitas leis antigas, ainda assim contempla grande parte das situações do nosso dia-a-dia, o que necessitamos na realidade é de que as leis já existentes sejam efetivamente cumpridas acabando com o grande mal da impunidade.
Agora temos tantas outras situações que de alguma forma não são abrangidas pelas leis existentes, mas certamente dispensa a edição de uma nova lei para o seu controle.
Temos ainda àquelas situações onde a moralidade e a ética se distancia da legalidade, ou seja, a situação é imoral ou anti-ética mas ainda assim legal.
É a situação do Sr. Jorge Hereda, Presidente da Caixa Econômica Federal, empresa estatal que dentre os vários investimentos em patrocínio tem um camarote no estádio do Morumbi, com o propósito de "promover ações de relacionamento com seus clientes e empregados", o espaço denominado Sala Raí recebera do banco estatal R$ 3.700.000,00 nos últimos 4 anos.
O referido espaço conta com 64 lugares, dos quais 32 para convidados do banco, e os seus freqüentadores podem assistir à shows e jogos de futebol com direito a serviço de bufê e traslado.
Mas ai o que faz o seu Presidente? Simplesmente leva os seus filhos para desfrutar de toda esta mordomia, e quando o seu filho, Rafael Hereda, é questionado deste ato imoral, embora legal, afirma que além de filho do Presidente é cliente do banco 
Bem se é assim, como eu fico? Eu também sou cliente do banco como muitos outros brasileiros, e gosto de mordomias como tantos outros, mas ainda assim não me convidam para show ou jogo de futebol algum.
É aqui que digo, o ato em si não me parece ilegal, mas certamente é imoral, pois em hipótese alguma os parentes de quem quer que exerça algum cargo na direção do banco poderiam fazer uso de tal camarote, é questão de bom senso que qualquer cidadão saberia das questões morais envolvidas.
Ai o que deduzo é que este camarote de alto luxo ao qual só os amigos do "rei" tem acesso, na realidade tem a sua existência com o único propósito de beneficiar os seus diretores e os seus familiares, caracterizando assim um crime contra os cofres públicos e por conseqüencia aos nossos bolsos.  

sábado, 16 de abril de 2011

O Petróleo é Nosso?


Eu sempre me questionei qual seria o motivo para uma nação onde tudo falta, onde os serviços mais essenciais são prestados com uma enorme dificuldade e precariedade, mas ainda assim  temos uma empresa petrolífera do governo.
Muitos apontam uma questão estratégica, e sinceramente já entendi assim a alguns anos atrás, mas e agora? É óbvio que quando da sua criação havia um motivo relevante, o Brasil era dependente do petróleo externo, e como tudo no princípio necessita de em "incentivo" coube ao governo brasileiro fomentar a busca em território nacional do petróleo que nos tornaria auto-suficientes.
Mas a maior questão está no fato de que em países onde cabe à alguma empresa com capital público a produção do ouro negro, o seu produto final é oferecido à sua população a preços extremamente baixos, vide o exemplo da Venezuela onde se não em engano, vi num programa jornalístico que um tanque de combustível necessita para ser cheio apenas de um valor equivalente aos nossos R$ 2,00, isso mesmo de apenas dois reais, um valor que aqui não nos bastaria para pagar por 1 litro de gasolina.
Ora se o custo da nossa auto-suficiência for o de dispor de um preço acessível à todos posso até aceitar os custos extremamente altos para custear a Petrobrás, pois não sei se é de conhecimento de todos, mas os salários dos profissionais à sua disposição é dos mais elevados se comparados com as empresas privadas similares.
Agora custear uma empresa Petrolífera à custos tão altos, sendo que não possuímos sequer escolas com alguma qualidade, hospitais sucateados, segurança pública inexistente, transporte público ruim até para o transporte de gado, e, ainda por cima tendo que pagar preços próximos dos R$ 3,00 por apenas um litro, ai já é demais, por mim que privatizem o mais rápido possível a Petrobrás.
E como sempre ocorre, isso ainda não é tudo, aparece o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, "nos tranqüilizando", garantindo que a gasolina não aumentará em abril e se por acaso o aumento for inevitável nos meses seguintes, será providenciada a redução na CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), assim como se estivesse nos fazendo o favor de não aumentar o que já extorsivo.
Por favor, que não me apareçam àqueles que sempre saem em defesa desses mal-feitores do governo, alegando que o responsável por um eventual aumento é a conjuntura mundial atual, pois nós não exportamos e pelo que tanto bradaram, também não importamos, portanto nada nos interfere os valores do petróleo no mercado internacional, não havendo assim o que justifique os valores atuais, bem como uma eventual majoração.
A não ser que nestes valores estejam incluídos salários de algumas centenas de funcionários fantasmas, ou salários com valores bem acima dos de mercado para os seus profissionais, e outros desvios de conduta que não podem faltar em qualquer lugar com a interferência do governo, e se assim for, sou ainda mais pela privatização.
E para àqueles que repetem como papagaios o "slogan" ufanista de que "o petróleo é nosso", peço apenas que o digam na "boca" da "bomba" para o digno frentista e veja se há algum resultado prático em seu bolso.
Não que eu seja contrário ao governo se imiscuir em áreas das mais diversas, desde que justificadamente, mas entendo que tal situação só deve ser aceitável quando o governo cumpra com as necessidades básicas do seu povo, o que não precisa ser nenhum especialista para ver que estamos a anos luz do ideal. 

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Voto Obrigatório. Cadê a Democracia?

Afinal de contas quando é que teremos o acesso à tal da democracia, digo isto por muitas razões, mas especialmente pelo fato de ainda hoje, passados quase 30 anos da abertura política e 23 anos da Constituição Federal de 1988, ainda sermos OBRIGADOS a votar.
Ora, em qualquer democracia que se preze o voto é facultativo, pois este é um dos seus princípios basilares, mas por aqui as coisas são diferentes.
Ainda hoje o voto é obrigatório, pois há o claro e nítido receio dos políticos ao resultado das urnas com uma eleição onde o voto seja facultativo.
Temem que o resultado evidencie o que sentimos como fato, haverá uma abstenção em massa, colocando em xeque o resultado final e a eleição de quem quer que seja o vencedor.
Ora, que democracia é esta onde o direito ao voto é antes de tudo um dever? 
Mais incompreensível ainda é a posição de nossas autoridades como o Sr. Ricardo Lewandowski, Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, que durante uma audiência na Comissão da Reforma Política da Câmara dos Deputados em 14/04, dentre os vários assuntos abordados se mostrou contrário ao fim do voto obrigatório, argumentando que na prática ele já não é obrigatório, pois diante da "facilidade" em regularizar a sua situação eleitoral por não ter votado, o voto já seria facultativo.
Como pode uma autoridade como um Ministro de Tribunal Superior, ainda mais sendo o responsável por tudo que envolve as eleições neste país se pronunciar desta forma? Ele se diz contrário ao voto facultativo sob o argumento de que na prática já existe.
Desconsidera assim o voto obrigatório, ao incentivar a população à uma espécie de insubordinação civil, pois de acordo com a lei o voto é obrigatório, com certas exceções previstas na Constituição Federal, e àquele que não cumprir com o seu direito/dever deve justificar-se ou regularizar a sua situação junto à Justiça Eleitoral, inclusive com o pagamento de multa.
E é justamente no que se refere ao valor desta penalidade que fundamenta o seu posicionamento, pois segundo o mesmo o valor é tão baixo que na prática o voto deixa de ser obrigatório.
Muito me espanta uma posição como esta, não ao que diz respeito a continuidade do voto obrigatório, embora entenda inconcebível a sua existência numa democracia, mas sim ao fato de uma autoridade entender como normal que alguém deixe de cumprir com o que determina a lei, e pior, praticamente fazendo uma apologia ao seu descumprimento em virtude da sua eventual fragilidade.
Digo por fim que se é para se pregar o não cumprimento do seu direito/dever ao voto, que o torne finalmente facultativo, adequando-se assim ao nosso regime político e não precisando incentivar a ilegalidade, pois outro dos princípios basilares da democracia é o da legalidade, caso o Sr. Ricardo Lewandowski já tenha esquecido.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Proteção à Testemunha ou Castigo à Testemunha?

A vida de testemunha no Brasil não é fácil, além de estar no lugar e na hora "errada" quando um crime é cometido, tem que se submeter aos precários serviços de proteção às testemunhas, sendo assim penalizado por duas vezes.
São colocados praticamente em cárcere, mais ou menos como criminosos, recebem alimentação e demais auxílios em conta-gotas, muitas vezes compartilhando o ambiente com bandidos que em dado momento resolveram delatar os comparsas.
Se veem, de repente, longe de tudo e de todos que pertenciam ao seu cotidiano, a sua vida entra em parafuso, lhe são prometidos muito mais do que estão dispostos a cumprir, pois os que coordenam o programa tem ciência de suas limitações orçamentárias, mas não podem ser sinceros, a propaganda negativa pode comprometer muita carreira política, e isso, definitivamente não é bom para os governantes.
E é exatamente o que penso ter ocorrido com àquela mulher tão corajosa quanto "irresponsável", digo isso pois ela fora de encontro àquele que poderia ter sido o seu algoz, que delatara a execução praticada por policiais militares praticamente em tempo real.
Vejo pelo noticiário que ela "optará" por sair do programa de proteção, afirmando que se sentia segura apenas com a escolta feita pela Polícia Militar.
Contudo, que maravilha! Ela pode, de acordo com a Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania, voltar a ser castigada, desculpem-me, quis dizer, voltar a ser atendida pelo programa a qualquer momento.
Agora lembremos que apenas a alguns dias ela reclamara por ter sido, segundo palavras suas, "traída pela Corregedoria da Polícia Militar que divulgara a gravação da ligação feita ao 190 sem sequer terem distorcido a sua voz".
Bem, agora só nos resta esperar que a atitude desta senhora seja tomada como exemplo do que é certo, e que nada de mau lhe aconteça, pois senão, ficará de uma vez por todas o exemplo do que ocorre com quem faz a coisa certa neste país.

Vice-Prefeito de Embú-Guaçu Atropela Novamente!

Senhor Vice-Prefeito de Embú-Guaçú, Fernando Branco Sapede, vai tentando que uma hora você conseguirá matar alguém, não esmoreça, afinal quem acredita sempre alcança, e mais dia menos dia  você irá conseguir, não preocupe-se com a lei, pois a lei ora a lei, ela só existe para os humildes, para os pobres.
Você está apenas na sua segunda tentativa (pelo menos que fora noticiado), a primeira foi ao volante de um veículo Blazer na cor prata, a sua vítima fora um menino atropelado em frente sua própria casa, ele tinha apenas 13 anos e andava de bicicleta, você se recusara a fazer o teste do bafômetro, mas testemunhas relataram sinais de embriaguez, mas ainda não fora desta vez, e portanto a justiça entendeu que você era merecedor de outra chance. Sendo assim, você agora fizera uso do seu direito de tentar matar alguém ao dirigir novamente embriagado, sendo que agora tal fato fora comprovado pelo teste do bafômetro que indicava o índice de 1,6 miligramas de álccol por litro de ar expelido, teor "apenas" 5 vezes superior ao aceitável pela lei, desta vez ao volante de um veículo GM-Celta, mas a sua nova vítima, um homem com cerca de 50 anos, teimou em não morrer, mas que miserável não? 
É lógico que você tentou fugir, pois não era justo que após atropelar o ingrato (já que ele se recusou a morrer), você ainda fosse preso, mas tinha que haver um intrometido no local para impedi-lo, ora isso não é justo, pois a vítima não morrera.
Tudo bem, entenda essas duas vezes como um treinamento, e saiba que a prática leva a perfeição, atropele quantos quiser, e mais do que isso, atropele quantos forem preciso, e uma hora conseguirá.
Já pensou que o problema pode estar no que está bebendo, deve ser fraco demais, bebida para "frutinha", seja macho cara aumente o teor alcoólico do goró.
Àquela situação de falsidade ideológica que você está envolvido não vem ao caso, ora, porque você não pode emprestar o seu carimbo e registro de médico (CRM) para um colega que trabalha na sua clínica? Só porque ele não tinha diploma de médico reconhecido no Brasil? Pelo amor de Deus, isto é muita sacanagem, o carimbo é seu, o CRM também, e sendo assim você empresta para quem quiser.
Lembre-se, você é Vice-Prefeito, e, portanto eleito pelo voto popular, é uma autoridade, e portanto faz o que bem quiser.
Quanto à justiça, enquanto você fizer o que mais gosta, dirigir embriagado e atropelar os outros no Brasil, você pode ficar tranqüilo, pois aqui a lei só serve para pobre, preto e puta, e pelo que sei você não é pobre, pela foto na internet não é preto, só deve tomar cuidado se for a terceira opção.