terça-feira, 6 de novembro de 2012

O Que Dizer Diante Do Óbvio?


Ora, a cada dia temos escancarado os reais motivos que levam um país à ser desenvolvido e próspero, e certamente não há uma relação direta com a sua economia, com o capital, o dinheiro, mas sim como este vil metal é utilizado, quais as prioridades para a sua utilização.
Muito se comemorou com a sexta colocação do Brasil entre as economias mundiais, contudo sem analisar no que isto reflete na vida dos seus habitantes, quem são os verdadeiros beneficiados por este "avanço"?
Considerando-se que é público e notório a concentração de riqueza no Brasil, e que esta concentração leva aos alarmantes índices de desigualdade social, pois como dizem os especialistas, há mais de 90% da riqueza nacional nas mãos de tão somente 1% da nossa população, há quem interessa o fato do Brasil ser a sexta economia mundial? Certamente, interessa muito mais ao 1% da população do que aos seus outros 99%.
E assim o que deve-se ser considerado para analisar o quão desenvolvido é uma nação, é o seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e não o seu PIB (Produto Interno Bruto), não que o seu PIB não seja importante, mas é o IDH que demonstrará claramente como a toda a riqueza produzida, o PIB, é revertido em benefício do seu povo.
Assim cada vez que uma reportagem nos abre os olhos para o que realmente importa, como a que fora veiculada pelo site do Yahoo com o título, "Veja os 10 países mais prósperos do mundo", devemos ter a humildade em admitir que embora o Brasil seja um país cada vez mais rico, toda essa riqueza encontra-se cada vez mais concentrada nas mãos de uns poucos privilegiados em detrimento de uma massa iludida com a aquisição de bens materiais em longas e infindáveis prestações ou de alta tecnologia, enquanto ainda contamos com muitos lugares sem sequer com saneamento básico, com a saúde pública em verdadeiro caos, a segurança pública em colapso e a educação cada dia mais precária.
O ponto a ser analisado é a prioridade, qual é a prioridade dos governantes e quais são as nossas? Será que elas são as mesmas? E se não, o que dizer diante do óbvio, quem tem razão, o Brasil ou as 10 nações mais bem colocadas nesse levantamento?

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