quarta-feira, 5 de outubro de 2011

PLCs 47,48, 49, 50 e 51. Campos Machado, o Vassalo Do Governador.


Desculpem-me antecipadamente pelo que direi, pois não me sinto bem em pronunciar as coisas que, infelizmente, os políticos desse país me obrigam a pronunciar, não acredito que devemos nos reportar a um ser humano por palavras que de alguma forma diminua ou desmereça uma obra tão complexa como nós.
Mas como é próprio da natureza do ser humano, esse é capaz das práticas mais sórdidas em troca de algumas benesses, muitas vezes míseras moedas, e quase sempre em detrimento de um semelhante, e quanto a isso ao que parece não há muito que ser feito, pois mostra a história que assim fora, assim é, e assim sempre será.
Contudo, embora com o passar dos anos a experiência nos demonstre que não devemos nos surpreender com mais nada, mesmo porque como já disse o ser humano é capaz de tudo, ainda há certas situações que nos deixam pasmados, e mais uma vez a nossa vida é acrescentada de uma nova experiência, e dessa vez muito desagradável, para não dizer repugnante e asquerosa.
O ponto ao que pretendo chegar refere-se à votação em plenário dos Projetos de Lei Complementar 48, 50 e 51, quando em sessão extraordinária da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo na data de ontem, 04/10, onde o governo do PSDB, assim como o Sr. Governador, Geraldo Alckmin, foram como não podia deixar de ser, defendidos por deputados da base aliada, como se tratassem de verdadeiros exemplos de ética, moral, retidão na condução da coisa pública, e deixando a impressão de que os quase 20 (vinte) anos dessa corja à frente do Palácio dos Bandeirantes representasse um período de progresso e desenvolvimento como nunca fora visto na história da humanidade.
Dentre os defensores do governo se destacaram os deputados Vinícius Camarinha do PSB, que como líder do governo na Assembléia Legislativa não podia agir de outra maneira, Fernando Capez do PSDB, de quem o caráter já nos é conhecido, principalmente após o seu infeliz (tão infeliz quanto ele) pronunciamento destacado por esse Blog pelo post “PLCs 47, 48, 49, 50 e 51. O Incapaz Do Capez”, e que sendo do partido tucano muito não podia se esperar, contudo, o mais nojento, nauseante e aviltante foi presenciar ao vivo, pela TV Assembléia, os vários discursos do abjeto e desprezível deputado Campos Machado do PTB, a quem tratarei de comentar num parágrafo em separado para tentar transmitir toda a revolta que me tomara ao presenciar tamanha defesa.
Antônio Carlos de Campos Machado ou simplesmente Campos Machado, esse é o nome do “dono” do PTB, pelo menos do paulista, deputado há 20 anos, e, portanto em seu 5º mandato, e que duvido alguém seja capaz de me dizer um só projeto de sua autoria que beneficiasse o povo, ou mesmo os servidores públicos, ou ainda os policiais desse estado, mas que durante a sessão de ontem demostrara muito vigor na defesa daquele à quem tratou como seu grande amigo, o Governador Geraldo Alckmin, vigor esse não demonstrado em defesa daqueles à quem devia servir. Interessante ainda é a sua condição quando analisamos a questão da Segurança Pública, pois se disse por mais de uma vez grande amigo do Governador, assim como se diz grande amigo do Presidente da Associação dos Investigadores do Estado de São Paulo (Aipesp), Vanderlei Bailoni, de quem nutre da reciprocidade na consideração.
Ocorre que na ânsia em defender o seu grande amigo Governador, este senhor acabara por cometer vários absurdos, sendo o maior dentre eles a condição de responsabilizar única e exclusivamente o Secretário de Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, pelo descalabro da segurança em nosso estado, ou mesmo pela situação desmoralizante na qual se encontram as instituições policiais paulistas, fazendo de tudo que estava ao seu alcance para eximir o Governador Geraldo Alckmin do fato de termos uma das piores remunerações para polícia no Brasil, embora esse seja o estado mais rico da nação, contando com o segundo orçamento, atrás apenas do Governo Federal. Será concebível acreditar que um político “profissional” como Campos Machado, não veja o absurdo que fala, pois se há um Secretário é porque o Governador o escolhera, e se esse age como age, o faz sob orientação do Sr. Geraldo Alckmin, ou alguém, à exceção do deputado petebista, acredita que pode ser diferente? Será possível que alguém veja o Governador como “refém” do Secretário?
Agora, o mais importante é saber com quem estamos lhe dando, pois se há uma entidade representativa, Aipesp, que se orgulha pela sua íntima relação com uma pessoa tão desprezível quanto amiga do Governador, como o deputado Campos Machado, no mínimo é de se estranhar, pois não restam duvidas sobre o desprezo como o Sr. Geraldo Alckmin trata os servidores policiais, e se esse é tão amigo do deputado, qual a relação com o Sr. Vanderlei Bailoni?
Esta é a situação, minha gente, as cartas estão postas sobre a mesa, portanto, diante das informações só resta tomar a atitude certa, pois àqueles que nos são contrários já são sabidos, cabendo aos policiais dar-lhes o troco devido.

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