quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Protógenes Consegue Apoio a CPI Da Privatização.


Fonte: site Congresso em Foco

O deputado afirma ter conseguido mais de 170 assinaturas de apoio à criação de uma comissão para investigar as denúncias do livro Privataria Tucana

POR RUDOLFO LAGO
15/12/2011 19:40
MANCHETES



Protógenes diz ter conseguido as 171 assinaturas necessárias para instalar a CPI da Privataria - Janine Moraes/Câmara
Em seu perfil no Twitter, o ex-delegado da Polícia Federal e deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) afirmou nesta quinta-feira (15) ter conseguido assinaturas suficientes para pedir a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar as denúncias feitas no livro Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., de irregularidades no processo de privatização de empresas estatais ocorrido no governo Fernando Henrique Cardoso.
Protógenes disse ter conseguido mais de 170 assinaturas para pedir a instalação do que chama de “CPI da Privataria”. Para ser instalada, uma CPI precisa do apoio de, no mínimo, 171 deputados.
Enquanto não instala a CPI, Protógenes disse que pedirá, na semana que vem, uma audiência pública para ouvir Amaury. O recolhimento das assinaturas, porém, não é uma garantia de instalação da CPI; os deputados podem retirar, caso queiram, as assinaturas de apoio.

Farta documentação

Com farta documentação, reunida em mais de 300 páginas, o livro Privataria Tucana traz graves acusações contra pessoas que se envolveram no processo de privatização, especialmente o ex-diretor internacional do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira. E ataca fortemente também o ex-governador de São Paulo José Serra e pessoas de sua família ou próximas a ele, incluindo sua filha Verônica Serra. Segundo Amaury, a partir dos documentos citados no livro, essas pessoas movimentaram somas milionárias em paraísos fiscais, especialmente nas Ilhas Virgens Britânicas.
A notícia de que Amaury Ribeiro Jr. escrevia um livro sobre o processo de privatização surgiu durante a última campanha presidencial. Amaury envolveu-se num episódio em que o PT buscava identificar quem vazava informações da campanha de sua então candidata à Presidência, Dilma Rousseff. Ele intermediou uma conversa em que o jornalista Luiz Lanzeta, então responsável pela campanha, buscava contratar pessoas para uma ação de contra-informação, para descobrir os vazadores. Ao final, concluiu-se que se tratava de “fogo amigo”, numa disputa entre os grupos do hoje ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e do hoje presidente do PT, Rui Falcão.
Na esteira do episódio, chegou-se à informação sobre o livro e à denúncia, que ele nega, de que Amaury teria de forma ilegal quebrado o sigilo fiscal da filha de José Serra e de outras pessoas.

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