quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Tem Caroço Nesse Angu!


15/09/2011 - 20h19
Delegado é afastado após 'investigação paralela' sobre roubo no Itaú
ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

O delegado da Polícia Civil de São Paulo Ruy Ferraz Fontes foi afastado do cargo de chefe do 69 DP (Teotônio Vilela), no início da noite desta quinta-feira, por conta de uma 'investigação paralela' aberta por ele para apurar o roubo milionário dos cofres particulares do banco Itaú, na avenida Paulista. O crime ocorreu na madrugada de 28 de agosto.
Os policiais que faziam parte da equipe de Fontes no 69 DP também serão afastados de suas funções e serão colocados na 'geladeira'.
Um dos afastados é o investigador Carlos Alberto Martins, dono da empresa de segurança privada Partner Gerenciamento de Risco S/C Ltda, suspeita de ser usada para ajudar nas investigações dos crimes contra o Itaú. Fontes e Martins não foram localizados pela reportagem nesta quinta-feira.
A decisão de afastar Fontes da chefia do 69 DP foi tomada após a cúpula da Secretaria da Segurança Pública descobrir, na manhã de hoje, por meio da imprensa, que o delegado realizou ao menos outras oito investigações de possíveis crimes cometidos contra o Itaú, todos em áreas distantes da atendida pela delegacia em que o policial atuava, no extremo da zona leste da capital.
Fontes também já foi chefe da Delegacia de Roubo a Bancos, do Deic (Departamento de Investigações Contra o Crime Organizado). Lá, ele era considerado o 'xerife' no combate contra a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Mas também foi afastado da posição, no fim de 2009, por suspeitas de problemas em sua atuação.
Em 2010, Fontes disse à Folha que não foi tirado do Deic, mas que ele saiu por vontade própria e foi dirigir uma delegacia na zona leste, onde quase nenhum policial tem vontade de trabalhar.
Nos bastidores da polícia, a história que se contou foi outra. Fontes teria perdido prestígio depois que policiais de sua equipe começaram a ser investigados por suspeita de extorsão de dinheiro de criminosos, inclusive membros do PCC.
Fontes agora será alvo de uma investigação por parte da Corregedoria Geral da Polícia Civil, que quer saber porque ele abria tantas investigações de prováveis crimes contra o Itaú no 69 DP.
Uma outra investigação da Corregedoria irá apurar, segundo a Secretaria da Segurança Pública, "os desencontros ocorridos entre o 78º DP [Jardins] capital e o Deic, no recente episódio do roubo da agência do Banco Itaú, na avenida Paulista, que retardaram o início das investigações".
O delegado Fontes não foi encontrado pela reportagem para se manifestar sobre seu afastamento.
Na tarde desta quinta, o secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, foi ao Deic para saber como estão as investigações sobre o roubo contra o Itaú.

Um comentário:

D disse...

INVESTIGAÇÃO "PARALELA"?!

Algum douto jurista poderia explicar-nos o que seria uma "INVESTIGAÇÃO PARALELA" ???!!!

'DATA MAXIA VENIA', mas aprendi que o inquérito policial é o instrumento da investigação e toda e qualquer informação e prova obtidas (por meio da investigacão) devem ser carreadas aos autos... certo?!

Se o delegado investigar, mesmo sem ser o presidente do inquérito, e obter informações e colher provas, não DEVERÁ instrumentalizá-las no inquérito policial, que no caso, fora instaurado e segue seu curso em outra delegacia?!

E se o delegado investigar sem contudo ser o presidente do inquérito, isto é, fazer uma investigação, digamos, 'ultra petita', deverá ser punido por isso???!!!

Punido por que trabalha demais??!!!!! HAHAHAHAHAHA

Deve ser piada!!! HAHAHAHAHAHAHA

Será que acharam que o delegado usaria as informações obtidas para outros fins escusos?! Mas se isso ocorresse, o detentor do 'dominus investigandis'(sic), isto é, o presidente do devido inquérito instaurado, não descobriria alguma ingerência ilegal do delegado "paralelo"???!!!

São tantos questionamentos...

HAHAHAHAHAHAHA

Pelo exposto na matéria com relação à transferência do delegado "paralelo" para a 'delegacia na qual nenhum policial quer trabalhar', presumo que se trate de INVEJA ou PERSEGUIÇÃO!!!

Será que poderíamos presumir que o delegado 'paralelo' (que era de um setor de investigacão de roubo a bancos) estava fazendo investigações 'paralelas' e privadas?!

Se além de 'paralelas', eram também privadas as investigações, me pergunto: O BANCO ITAU confia demais no delegado 'paralelo'ou confia 'de menos'(sic) no delegado oficial????!!!!

Com a palavra o BANCO ITAU S.A....