domingo, 12 de junho de 2011

O Total Despreparo De Nossas Polícias!


Independente de qualquer pré-julgamento que possamos fazer em relação à atuação da Polícia Militar paulista, pois na última ocorrência em destaque, pelo seu fim trágico que os envolveu, um garoto de apenas 15 anos fora mortalmente baleado na região da nuca, devemos ter em mente que qualquer um está sujeito à erros.
O menor, Alisson de Paula Guerreiro, de apenas 15 anos teve a sua vida ceifada por um policial militar após a abordagem do grupo em que se encontrava, e ao que parece fora mesmo em virtude de um acidente, pois o soldado Erisvan da Paz o teria abordado com a arma em punho, e evidentemente com o dedo no gatilho, quando ao tentar tirar o boné que o garoto usava com a mesma mão em que empunhava a arma, cometera o homicídio.
Situação muito parecida e veiculada por vários órgãos de imprensa se deu na abordagem de um torcedor do São Paulo antes da partida que ocorreria diante do Goiás em Brasília no ano de 2008, onde verificamos pelas imagens o despreparo do policial envolvido e a sucessão de erros da referida abordagem. Resultado, um ser humano efetivamente morto de forma absurda e outro morto em sua alma pelo ato precipitado.   
Da situação ocorrida agora, algumas considerações se fazem necessárias, primeiro, são inúmeras as demonstrações do despreparo de nossas policias, a total falta de profissionalismo destas instituições são flagrantes, um policial não recebe em nenhum momento a qualificação mínima necessária para exercer as suas funções, as suas academias na maioria das vezes funcionam quando muito como "cabides de emprego" onde pessoas sem a menor experiência e preparo arrumam uma "boquinha" para dar aulas muito bem remuneradas; segundo, em virtude dessa falta de preparo, as abordagens quando efetuadas são feitas de forma agressiva, onde invariavelmente o averiguado tem uma arma apontada para a sua cabeça de forma temerária, independente da sua reação, num flagrante desrespeito às garantias e direitos fundamentais de cada cidadão: terceiro, como se não bastasse a abordagem feita com arma em punho (o que não observamos em países como os Estados Unidos por exemplo, pois lá a arma fica a todo tempo no coldre, tendo quando muito com a mão pousando sobre a mesma para a eventual necessidade de ser sacada) o dedo ainda encontra-se no gatilho, sensível assim ao menor contato para efetuar o disparo "acidental".
Devemos lembrar que pelo preparo recebido do estado, nenhum policial está livre de passar por terrível situação, e em que pese o fato de cada um dever ter a noção do quanto está despreparado para o desempenho de suas funções, devemos lembrar que o maior responsável é o próprio estado, que ciente da fragilidade da preparação dos seus policiais, ainda assim nada faz para mudar esta situação, autorizando pessoas totalmente despreparadas para o manuseio de armas de fogo, e assim agindo consciente dos riscos, mas totalmente alheios aos mesmos, já que acaba por debitar toda a responsabilidade nas costas do infeliz policial.
O resumo desta história é a seguinte, um menor morto de forma estúpida, a sua família destroçada pela perda, um policial acusado por homicídio e certamente com a sua consciência abalada, assim como a sua família, e tudo isso pela omissão do estado frente às péssimas condições de preparo das nossas policiais.


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