sexta-feira, 29 de julho de 2011

Juízes Recebem Auxílio De Até R$ 209 mil.


Vejam só a notícia que acabo de ver no jornal Agora São Paulo, e que para não correr o risco de desfigurar o noticiado vou colar neste post, mas que, certamente, nos levará à reflexão, pois quando qualquer das esferas governamentais decide por não dar a população algum direito, benefício ou vantagem para melhorar a sua qualidade de vida a desculpa é sempre a mesma, não temos dinheiro, temos que cumprir as metas da responsabilidade fiscal, ...àquele que criar determinada situação deve indicar de onde sairá o dinheiro..., e assim por diante.
E tudo isso me leva mais uma vez a afirmar, dinheiro os nossos governos tem, o que não tem é interesse em beneficiar a população, só pensam em si próprios e nas suas falcatruas, e para tanto contam sempre com o beneplácito do judiciário, que quando chamado a se pronunciar contra qualquer das esferas de governos, via de regra, decidem à favor do executivo, e quando excepcionalmente contrariam tal regra, concedem o direito ao cidadão dentro do mínimo possível.
Agora, após vermos tão vergonhosa notícia percebemos mais claramente a relação promíscua entre o judiciário e o executivo, que se unem quando o assunto é se apoderar do nosso dinheiro.

29/07/2011
Juízes ganham auxílio retroativo de até R$ 209 mil
Folha de S.Paulo

Um benefício retroativo à década de 1990 levou juízes do Trabalho a receber, nos últimos meses, o pagamento de extras de até R$ 209 mil em um só contracheque.
O valor corresponde a um auxílio-moradia a que eles teriam direito no período de setembro de 1994 a dezembro de 1997, segundo decisão do Conselho Superior da Justiça do Trabalho.
O órgão não informou a despesa total com o benefício ou o número de magistrados que receberam os extras.
Levantamento da reportagem mostra que o gasto ultrapassa os R$ 150 milhões apenas neste ano, considerando as folhas de pessoal dos tribunais. Esse valor não inclui os aposentados, cujos rendimentos não são divulgados.
Em três Tribunais Regionais do Trabalho (Rio, Minas e Campinas), 84,8% dos juízes recebem o benefício. A Justiça do Trabalho tem 3.200 magistrados no país. Mantida a proporção, cerca de 2.700 ganharam o auxílio.
No Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (Amazonas e Roraima), um magistrado chegou a receber R$ 209 mil adicionais em março, além do salário de R$ 25 mil.
Como os extras são considerados indenização, e não salário, seu valor não é limitado pelo teto do funcionalismo público (R$ 26,7 mil), que equivale ao subsídio dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
O benefício estende aos juízes o auxílio-moradia de R$ 3.000 mensais que parlamentares recebiam na década de 1990. O pagamento foi dividido em quatro, um por ano, e começou no ano passado. Em 2011, foi quitado entre março e abril.

2 comentários:

EDISON disse...

ESSA NOTÍCIA É DE DAR NOJO!!!

NUM PAÍS ONDE O SALÁRIO MÍNIMO É 545 REAIS;

NUM PAÍS ONDE VELHINHOS APOSENTADOS, QUE REALMENTE TRABALHARAM DURANTE TODA A VIDA, MORREM NAS FILAS À ESPERA DE UM MÍSERO BENEFÍCIO;

NUM PAÍS ONDE, EM PEQUENAS CIDADES LOCALIZADAS NO SERTÃO, CRIANÇAS NÃO TEM SEQUER CADEIRA E CARTEIRA NAS ESCOLAS E ASSISTEM ÀS AULAS SENTADAS NO CHÃO;

NUM PAÍS ONDE A EDUCAÇÃO, A SAÚDE E A SEGURANÇA PÚBLICA SÃO CAÓTICAS...

...SERÁ QUE ESSAS PESSOAS QUE RECEBEM ESSAS FORTUNAS ORIUNDAS DO DINHEIRO PÚBLICO CONSEGUEM DEITAR A CABEÇA NO TRAVESSEIRO E DORMIR COM A CONSCIÊNCIA TRANQUILA???

Anônimo disse...

1. 29/07/2011 às 16:34 | #88
Citação
Em férias, juízes usam escolta policial para passear de moto
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AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO
Um grupo de magistrados motociclistas de São Paulo em férias percorreu parte dos 1.000 km até Brasília com uma escolta policial.
Os oito juízes levaram dois dias até a capital federal para participar do primeiro encontro do grupo “Amigos do Motociclismo Brasileiro da AMB” (Associação dos Magistrados Brasileiros).
Foram acompanhados por policiais militares rodoviários até Minas. Lá, policiais rodoviários federais fizeram a escolta. “Grande parte do caminho fomos sozinhos, pois os policiais foram atender um acidente”, disse o juiz Flávio Fenoglio, diretor da AMB.
A escolta, divulgada ontem pelo blog de Frederico Vasconcelos, da Folha, foi criticada. “É mais uma desmoralização do Judiciário, que vive de benesses”, afirmou o historiador Marco Antonio Villa, da Universidade Federal de São Carlos.
“Revela um ranço patrimonialista de quem é da elite e acha que pode tudo”, disse o juiz Luis Fernando Vidal.
Fenoglio diz que cumpriu a lei ao informar a polícia de que um grupo de motociclistas estaria nas rodovias.
Conforme a PM, tratou-se de acompanhamento, realizado para evitar impacto no trânsito e que pode ser solicitado por qualquer pessoa, e não escolta, relativa “a importância de determinada pessoa” ou “interesse de segurança pública”.
Dois membros de motoclubes disseram à Folha que nunca conseguiram o acompanhamento