domingo, 23 de janeiro de 2011

Os Direitos do Estado de Israel.


Ataque à frota humanitária estava "dentro do direito", diz Israel.
Esta é uma das notícias que vejo no dia de hoje pelo portal G1, e isto me fez refletir sobre os limites, se é que existem, dos direitos do estado de Israel.
Reflito, por que desde que passei a compreender alguma coisa sobre história e política tudo que parte de Israel è questionável? Para não dizer duvidoso.
Em primeiro lugar o seu povo se diz escolhido por Deus, mas como pode isso? E, se Deus os escolheu, que Deus é este que prefere um povo em detrimento de toda uma população mundial? Será verdade esta escolha? Se for, o que pensar de Deus? Será este povo pretensioso, louco ou dissimulado?
O seu estado fora criado como uma partição da Palestina, o que gerou muitos conflitos com os povos árabes, e assim os judeus avançaram sobre o território destinado aos árabes, ampliando o estado de Israel através de conflitos armados, tomaram posse de Jerusalém e a transformaram na capital de seu estado, mantendo um controle extremamente rígido sobre uma região que não lhe pertence de direito.
E, no ano de 2010, mais uma vez fazendo uso de um direito que segundo seu entendimento só cabe ao povo Judeu, eles simplesmente criaram um bloqueio marítimo à Faixa de Gaza, e, como verdadeiro cães de guarda atacaram todos que se aventuraram a furar o bloqueio, visivelmente ilegal, mas agora, passados quase um ano dos acontecimentos uma comissão de investigação israelense conclui que o bloqueio estava de acordo com o direito internacional, ou seja, eles, fazendo uso do seu poderio militar, econômico e político, determinam que seja feito um bloqueio à Faixa de Gaza, de forma arbitrária, partem para o ataque a qualquer embarcação de ajuda humanitária, da forma mais violenta possível, e analisam se tais procedimentos foram ou não legais, isto só pode ser brincadeira. Colocar uma embarcação militar contra uma embarcação de ajuda humanitária, e após analisar a situação de abordagem chegar a conclusão de que tudo fora legal é muito mau-caratismo. Mas, pelo menos, ao final do relatório os dignos membros de tal comissão expressaram tristeza pelas "lamentáveis conseqüências em perdas de vidas humanas e feridos", pois como povo escolhido por Deus, eles também devem acreditar que pelo simples fato de lamentar pelas vidas perdidas e feridos, serão eles seres superiores ao admitirem os seus atos.
Agora o mais impressionante é a ausência de uma voz que venha a denunciar as atrocidades que Israel vem praticando ao longo dos anos, sempre sob o manto do povo perseguido, e acusando qualquer um que destoe dos seus interesses de anti-semita.

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