Antes de mais nada vamos postar o significado do termo "nobre", segundo o dicionário Michaelis : adj. m+f (lat nobile) 1. de descendência ilustre. 2. que tem títulos nobiliárquicos. 3. que é próprio da nobreza. 4. alto, elevado, magnífico. 5. digno de estima, brioso. 6. bravo, valente. 7. majestoso. 8. distinto, ilustre, notável. 9. que revela elevação moral, generosidade, grandeza de alma. 10. diz-se do andar de uma casa imediatamente superior à loja ou sobreloja. sup.abs. sint.: nobilíssimo e nobríssimo. Antôn. (acepções 1, 2 e 3 ): Plebeu. s m+f 1. pessoa que, por direito de nascimento ou graça régia, pertence à nobreza; fidalgo, pessoa nobre. 2. gír. ladrão que não mata nem fere.
Isto posto, vamos aos fatos, a imprensa costumeiramente refere-se à qualquer ocorrência nas áreas mais ricas de cada cidade como sendo em áreas nobres, ora, pela definição acima, tal referência só faria sentido se por acaso em tais localidades residissem Reis, Duques, Condes, Barões ou qualquer uma das designações referentes à realeza.
Porém, não me recordo em momento algum de que pessoas de origem nobre vivam em qualquer dos bairros da cidade de São Paulo, portanto, só posso imaginar que este fenômeno criado pela imprensa se fundamente tão somente no sentimento que a mídia nutre pela classe dominante, ou seja, eles não se envergonham em demonstrar toda a admiração que sentem pelos ricos e milionários.
Hoje, mais uma vez, vejo o mau exemplo dado pela nossa imprensa vendida e serviçal, desta vez fora o portal R7 da Record que dera o exemplo de comprometimento com a "high society", onde para abordar a migração de usuários de entorpecentes para a Avenida Jornalista Roberto Marinho, no Campo Belo, Zona Sul, saiu-se com a seguinte manchete, "Nova Cracolândia em área nobre de SP assusta motoristas".
Taí, a não ser que eu esteja redonda e profundamente enganado, e existam representantes da realeza, seja qual for e de qualquer origem, no Bairro de Campo Belo, uma notícia, com esta manchete, só vem reforçar àquilo que a imprensa tenta esconder de forma dissimulada, ou seja, à quem eles servem e para quem realmente trabalham.
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