terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A Que Ponto Chegamos.

Nos atravessamos uma crise profunda em nossas instituições, passamos a vivenciar situações antes inimagináveis. A cada dia, sob o pretexto da liberdade e da democracia, são vistos exemplos dos mais absurdos acontecimentos, desde som alto ao extremo, sem nenhuma preocupação com o seu vizinho, a ultrapassagem do limite da responsabilidade ao se atravessar em alta velocidade o farol que já estava vermelho.
Não resta dúvida, pelo menos para mim, que tudo isto deve ser debitado na conta daqueles que um dia se disseram perseguidos pela ditadura, e hoje comandam o país à frente do PT e do PSDB, alternadamente nos últimos anos.
Agora um exemplo, nada novo por sinal, é o que ocorre em São Paulo na (in)segurança pública, pois somos obrigados a conviver com notícias que outrora soariam como uma afronta ao poder constituído, mas que hoje se tornaram "normais", e são divulgadas com uma naturalidade revoltante, e, é o que vemos no  site da folha de hoje, onde o "digníssimo, senhor Marco Willians Herba Camacho, o famigerado "Marcola", teve impetrado pela sua defesa um Habeas Corpus junto ao STF, onde é pedido que o mesmo não fique mais internado no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado). Mas isto ainda não é o pior, pois ao lermos a notícia nos deparamos com a transcrição daquilo que seria um trecho da decisão da Vara das Execuções Criminais de São Paulo que determinara a sua internação à época dos fatos, e que diz, "na presença de várias pessoas, Marcola teria afirmado que havia passado ordem para que houvesse represálias por causa de sua transferência, que atingiram tanto unidades prisionais quanto a sociedade civil e o estado."
O que temos aqui então? Ora, temos a prova cabal e concreta da falência do estado e principalmente de nossas instituições, pois um marginal como este, pelo que vemos, tem poder suficiente para enfrentar um estado das dimensões econômicas e políticas de São Paulo, e o faz de forma aberta ao público, e ainda se acha no direito de solicitar benefícios diretamente ao STF, pois se julga merecedor dos direitos dispensados às pessoas de bem, e acredita que, se fez o que fez, foi em virtude de uma arbitrariedade de que fora vítima.
Não sou daqueles que, como boa parte da mídia, analisam os direitos sob o prisma dos seus interesses, e que pretendem definir quem deve ou não ter acesso à tal direito, principalmente se preenchidos alguns pré requisitos fundamentados na amizade, no dinheiro, na sua exposição de imagem, na sua classe social, mas é óbvio que elementos como este traste não deve ser tratado como qualquer cidadão comum, e sendo assim devem ser guardados sob o regime mais rígido possível, para que, tanto ele como àqueles que neles se espelham sintam as consequências derivadas dos seus atos e pensem seriamente se pretendem comprar uma briga com o poder público.
Agora, enquanto nada disso se torna realidade devemos agradecer tudo o que vem acontecendo ao PSDB e ao PT, partidos que como àquele representado por Marcola, só visam se apoderar do que é dos outros.

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