A Lógica PSDBista.

Nos últimos dias tivemos acesso ao vídeo onde policiais da Corregedoria da Polícia Civil do estado de São Paulo praticaram atos dignos dos mais autoritários e arbitrários governos, atentando contra os direitos mais elementares de qualquer cidadão e principalmente contra os direitos humanos. Foi uma ação desastrosa, para dizer o mínimo, e que reflete o que sempre venho alertando aqui, o quanto os governos de PSDB e PT são autoritários.

São cenas fortes e que literalmente desnudam a forma como os cidadãos são tratados pela polícia no dia-a-dia, pois estes medem as suas ações conforme a posição social daqueles que são alvos de investigação, e não pelo delito cometido ou pelo seus atos.

E ai, o que ocorre quando tais cenas vem à tona, independentemente de quem a tenha tornada público, vem a senhora corregedora e legitima toda a ação, contrariando tudo que é visualizado no vídeo, pois em nenhum momento a Escrivã investigada se recusa a sua revista pessoal, e, como já estamos acostumados, o Governador se esconde até quando pode para não expressar a sua posição quanto aos acontecimentos.

Vemos nitidamente que a dita policial fora vítima de um abuso que transcende os limites de tudo que podemos admitir, e como ouvi alguém do povo se manifestar sobre o caso, "imaginem que estes atos foram praticados por autoridades policiais (Delegados de Polícia) contra uma Escrivã de Polícia, ou seja, se eles foram capazes de tamanho absurdo contra uma colega de profissão, do que não seriam capazes contra o cidadão comum?"

Ai, quando o digníssimo Geraldo Picolé de Chuchu Alckmin, aparece como um zumbi que ressurge do mundo dos mortos, ele se mostra indignado não com a ação abusiva das autoridades corregedoras, mas sim pelo fato do vídeo ter se tornado público, diz ele, "Isso é evidente que é grave, e vai ser apurado, como é que um documento interno da polícia acabou indo a exposição pública", percebem a lógica do Governador? Para ele não importa se determinado ato, que lhe interessa, é ou não legal, mas sim se o ato torna-se público. Sendo assim, só podemos concluir que, um acontecimento qualquer pode ser o quanto arbitrário e criminoso for, mas se for do interesse da tucanada a única coisa que importa é que o fato não ganhe publicidade.

É como diz a canção, "o que a gente faz é por debaixo dos panos, pra ninguém saber ..."

Deixo claro, pois faço questão, que não compartilho com qualquer desvio ético seja oriundo de servidor público ou qualquer outro cidadão, e, assim sendo, se a policial investigada realmente cometera qualquer espécie de infração, que reste provada a sua conduta e seja responsabilizada em tantas quantas forem as esferas objeto de apuração, mas não me venham com a justificativa descabida de que os fins justificam os meios, como que querendo justificar um crime pelo cometimento de outro.