Até que ponto pode chegar o ser humano, não!
Vemos notícias cada vez mais aterradoras vindas do estado do Rio de Janeiro, e, como se não bastasse o número de mortos ultrapassar a triste marca das 600 vítimas, a cada dia ouvimos relatos que acabam por nos deixar ainda mais chocados, como por exemplo a história do pai que com o seu filho manteve-se soterrado por intermináveis 15 horas, ou então a história do garoto que fora levado pela correnteza por mais de 4 km do local em que estava, sendo então socorrido por uma alma iluminada, e acredito que pelo grau de destruição muitas outras histórias acabarão por se tornar públicas, como sempre ocorre em situações semelhantes.
Agora, ser surpreendido com a notícia do site do estadão de hoje, dando conta de que em Teresópolis a Prefeitura está em pé de guerra com a Igreja Católica e com a Cruz Vermelha, e pasmen, pela entrega dos donativos à população local, isso mesmo a Prefeitura briga pelo "monopólio" da distribuição de donativos, ai já é demais, eu pensei que já tinha ouvido histórias muito terríveis oriundas desta tragédia, mas ver a Prefeitura querer impedir que qualquer que seja a instituição, entidade ou organização entregue mantimentos aos necessitados locais é o final dos tempos.
Claro que se a Prefeitura tivesse por objetivo organizar a distribuição dos donativos arrecadados, até que se poderia entender, mas para tanto as autoridades locais deveriam procurar por todos que pretendem auxiliar a população e encontrar um caminho a ser seguido, o que fica evidente que não aconteceu neste caso.
Mas conhecedores que somos das (más) intenções dos políticos, e fácil fazer a leitura de toda esta situação, a Prefeitura local tenta, usando o momento desesperador por qual passa o povo local, angariar para si dividendos políticos, e para tanto pretende ter o monopólio da distribuição com a clara intenção de ver a sua "nobre" ação reconhecida pela população em eleições futuras.
É revoltante? Com certeza, mas o que esperar de uma "gente" que jamais pensou no povo, e seria capaz dos mais sórdidos artifícios para se fazer aparecer, mesmo que seja com a desgraça dos outros.
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