sábado, 29 de janeiro de 2011

Mãe é mãe. Não neste caso!

Parece brincadeira, mas não é. Vejam só a notícia que está estampada hoje no site do Jornal Agora, "Mãe de ladrão de carros quer o filho em casa", se por si só esta não fosse uma notícia que deveria afrontar a sociedade, ela ainda refere-se ao "ladrãozinho" de 14 anos que já cometera 16 "atos infracionais", e que nesta semana mordera o dedo do Delegado de Polícia que atendia a ocorrência.
Ora, dirão alguns por certo, "ela é mãe, e mãe é mãe!", mas peraí, se me recordo de uma outra ocorrência em que esta "criança" se envolvera, também de posse de um veículo furtado, as imagens transmitidas naquela ocasião escancarava à que tipo de família este ser pertencia, pois a sua mãe partira para o ataque aos jornalistas que aguardavam na saída da delegacia, fazendo-se acompanhar pela ira do "di menor".
Agora ela aparece dizendo que a Fundação Casa não é lugar para o seu filho, "Eu quero que ele vá para casa. Ele não é nenhum assassino nem representa perigo para ninguém." Ora, ele não é um assassino ainda, e claramente representa um perigo real e imediato à toda sociedade que não pode ser obrigada a conviver com este pequeno marginal.
Mas voltemos à condição de mãe, eu passei boa parte da minha infância e toda a minha adolescência vivendo na periferia, e convivi com toda sorte de pessoas, trabalhadores, estudantes e bandidos, e com muitos deles sempre tive um certo contato, as vezes mais próximos ou não, mas sempre em contato. Fiz esta breve introdução para demonstrar que direi algumas coisas aqui e com conhecimento, não por "achismo", bem vamos lá, pude presenciar algumas vezes que menores praticavam crimes com total conhecimento de sua família e muitas vezes com o seu consentimento, pois para estes o que importava é que o seu filho praticasse o delito mas com o resultado chegando às suas casas, e não era para por comida na mesa não, e, quando alguém, normalmente a polícia, batia à sua porta eram recepcionados por um ar teatral de espanto e indignação.
E é exatamente o que vejo na postura desta mãe, enquanto o seu filho praticava toda espécie de crime ela se mantinha afastada como se nada soubesse, e pela minha experiência de vida muito provavelmente se beneficiando dos resultados, mas agora ela se mostra indignada.
Ora se este país não se posiciona em relação aos menores infratores como se deve, então que cobrem os responsáveis, até mesmo criminalmente, pelo estágio em que se encontram os seus filhos.

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