sexta-feira, 13 de maio de 2011

Código Florestal: Quem Mente, Aldo ou Marina?


Após muito bate boca e pouco trabalho o novo Código Florestal fora novamente adiado, e segundo o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, agora não tem mais data para votação.
A quem interessa ou prejudica o novo Código é de difícil determinação no momento, mesmo porque só temos acesso à informações prestadas por pessoas diretamente interessadas no assunto, o que por si só já prejudica a isenção da informação.
Não nos são passadas pela imprensa, qualquer que seja o meio de divulgação, opiniões de estudiosos e especialistas no assunto, já que a prioridade das diversas mídias é a desinformação coletiva, analisando os vários aspectos do assunto, principalmente traçando um paralelo ao que temos hoje com aquilo que representaria a aprovação desta nova legislação sobre o assunto.
Mas o que atraiu todas as atenções na data de ontem, esteve longe de ser esse novo adiamento agora em data incerta, mas sim a "discussão" via imprensa, entre o relator do Novo Código Florestal, Aldo Rebelo, com a ex-Senadora do PV, Marina Silva, foram troca de acusações que num país sério teria uma repercussão muito grande, levando, certamente, alguém à justiça e a condenação, mas que no Brasil, ai o Brasil ...
Segundo consta do portal G1 tudo teria ocorrido da seguinte maneira: "A confusão começou quando o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP), disse na tribuna que o texto final apresentado por Aldo Rebelo havia sido alterado com relação ao que foi acordado em reunião de líderes às 21 h."
Em seguida, a ex-senadora do PV Marina Silva postou no microblog Twitter: "Estou no plenário da Câmara. Aldo Rebelo apresentou um novo texto, com novas pegadinhas, minutos antes da votação. Como pode ser votado?!"
Aldo Rebelo, então, pediu a palavra e disse: "A fala infeliz do deputado Paulo Teixeira (de que Aldo havia alterado o texto em relação ao acordo) deu razão para a ex-senadora Marina Silva, que postou em seu Twitter que eu fraudei o texto. Quem fraudou, quem contrabandeou madeira, foi o marido da senadora."
Resumindo, Marina Silva afirmara de forma incontestável que Aldo Rebelo apresentara para votação um texto diferente do que já estava acordado, o que sinceramente seria uma canalhice sem tamanho, por não cumprir com um acordo ou ainda por querer ludibriar outros congressistas. Mas a reação fora imedita, e a Aldo coube defender-se apontando uma grave acusação contra o marido da ex-Senadora, e para piorar garantiu que durante o Governo Lula quando era líder do governo impedira o depoimento do seu marido segundo solicitação de Marina Silva.
São por essas e outras que esta classe está cada vez mais desacreditada, embora o povo ainda encontre justificativa para votar neles, primeiro porque eles fazem questão de não esclarecer o que estão votando e quais os verdadeiros interesses que defendem, segundo porque durante esta discussão deixaram evidenciar, mais uma vez, como as coisas funcionam no poder, ou seja, se você ou alguém que lhe interessa tiver as "costas quentes" dificilmente terá que dar explicações sobre os seus atos, e terceiro, o Sr. Aldo ao acusar a ex-Senadora e o seu marido confessara a prática de tráfico de influência ao, segundo o que disse, impedir o depoimento do marido de Marina Silva.
Pois é o que sempre digo, já é passada a hora de darmos um basta em tudo isso, senão por manifestações públicas ao menos na hora do voto onde temos outras três opções de escolha, nulo, branco ou nos ausentar.

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