sábado, 21 de maio de 2011

Que a Educação Seja Estatal Então!

Antes que alguém entenda por bem me taxar, quero deixar claro que a minha ideologia política não se restringe àquelas nomenclaturas tanto usadas a tanto tempo, direita, esquerda, centro, centro-direita, centro-esquerda, e quantas outras houverem.
Analisando o que penso, certamente, terei posições que podem se encaixar em cada uma das opções acima, dependendo do assunto abordado.
E quanto à Educação não abro mão de minhas convicções, para mim ele deve ser monopólio do estado, assim como a segurança e a saúde.
E um exemplo disso é o que ocorrera com o tradicional e elitista colégio Dante Alighieri, que embora privado e de mensalidades exorbitantes, e inalcansáveis para a população em geral, fora autorizado pelo Ministério do Esporte a captar R$ 429.325,00 em patrocínio por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Essa lei concede dedução fiscal a empresas interessadas em investir em projetos aprovados pelo Ministério.
"O colégio não precisa recorrer a ela [à lei], mas pode, como qualquer outro colégio. Não é privilégio nosso", afirmou o diretor financeiro da escola, João Ranieri. "Estamos dentro da lei. Ela é igual para todos, e nosso projeto foi aprovado. Não adianta questionar porque apresentamos projeto."
A assessoria do Ministério do Esporte limitou-se a dizer que a pasta "aprova todos os projetos que estão enquadrados tecnicamente na lei, que prevê o apoio de projetos de esporte de cunho educacional".
Ora, não questiono a atitude do colégio, pois é óbvio que quando o assunto é dinheiro (principalmente público) os empresários, seja de qual ramo for, não perdem tempo. 
O que questiono é a lei, pois se é para distribuir recursos públicos que o façam para as escolas públicas, pois entidades privadas do porte do colégio Dante tem recurso suficiente para desenvolver o projeto que quiser, e embora legal, é uma vergonha que se utilizem de incentivos estatais.
O que tem-se que ter em mente é que a educação, mais do que simplesmente fomentar o conhecimento, deve ser encarada pelo estado como uma questão estratégica, uma vez que dela depende todo o progresso de uma nação, não há que se falar em saúde, segurança, emprego, transporte ou qualquer outro tema sem que se tenha uma educação de qualidade e acessível à todos, indistintamente.
Por isso eu digo, que a educação fique totalmente à cargo do estado, pois não é correto que alguns tenham acesso a escolas privadas de alto nível e outros à escolas públicas em situação de penúria, e se tal distinção já não fosse um absurdo, o estado ainda destine incentivos à projetos que deveriam, obrigatoriamente, ter como finalidade as instituições públicas.

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