segunda-feira, 30 de maio de 2011

A Mesmice Do Conflito Agrário No Brasil.

No dia de hoje vemos que o governo federal criara um grupo interministerial para se discutir quais as ações serão tomadas para conter a violência no campo.
Pôxa, a quanto tempo esta violência ocorre no campo? Será que só agora o governo tomou ciência do fato? Não meus senhores, a muito as nossas autoridades sabem de tudo o que ocorre no campo, conhecem muito bem as causas do conflito agrário, mas assim como toda a violência que ocorre nos centros urbanos, eles defendem os interesses de outros que não a população.
É íntima a relação dos nossos políticos com os grandes latifundiários, embora o PT tenha se notabilizado por um discurso voltado ao camponês, a favor da reforma agrária, base de uma ideologia socialista que abandonara totalmente ao assumir o comando da nação.
Agora mais uma vez a história se repete, àqueles que em algum momento discordam e contrariam os interesses dos "proprietários" de terras são simplesmente e sumariamente aniquilados, desta vez foram José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, tocaiados como sempre são.
E o governo o que faz? Aparece com uma solução de ocasião, demonstrando claramente que não dispõe de um plano implantado, assim como ocorre com o combate ao tráfico de drogas e a violência urbana, vide o exemplo desta campanha de desarmamento que só reiniciara em virtude da tragédia em Realengo.
Criaram agora um grupo interministerial, como se um grupo de ministros pudesse passar a imagem de algo sério, eficaz e competente, ocorre que a questão é outra, o governo deve, antes de criar qualquer "grupo", demonstrar qual a sua posição ante os desmatadores, grandes latifundiários e ao meio ambiente, e assim começar a fiscalizar o que vem ocorrendo com as nossas florestas, punido exemplarmente os desmatadores, e ampliando a reforma agrária visando a manutenção do homem no campo, mas do homem que a cultiva e a respeita.
É agora Presidente Dilma, é chegada a hora de se posicionar perante a história desta nação, vai continuar a defender os interesses daqueles que apenas se utilizam da terra para o extrativismo irresponsável e especulativo ou vai, finalmente, fincar a bandeira do PT na distribuição de terras, colocando-as nas mãos do camponês que dela depende.

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