quarta-feira, 4 de maio de 2011

Onde Está o Dinheiro?



O impostômetro, medidor eletrônico de arrecadação tributária, mantido na cidade de São Paulo pela A.C.S.P. (Associação Comercial de São Paulo), atingiu nesta quarta-feira a marca de R$ 500 bilhões em tributos federais, estaduais e municipais.
Em 2010, esse mesmo valor de R$ 500 bilhões só foi alcançado em 25 de maio, representando 21 dias de antecedência neste ano. Em 2009, o valor chegou em 24 de junho.
E assim vai, ano após ano os impostos batem sucessivos recordes de arrecadação, os valores envolvidos nunca foram atingidos antes na história da República, e para quê?
Onde está o dinheiro? Pois não está na saúde pública, na segurança pública, na educação, nos transportes, na infra-estrutura, ou seja, não está em lugar nenhum daqueles à que se destina.
É óbvio que me refiro aos investimentos em tais áreas, que reflitam o aumento exorbitante da arrecadação, algo proporcional, pois com uma arrecadação neste patamar já deveríamos contar com alguns desses serviços em nível de excelência, o que claramente não ocorre.
E tem mais, como se não bastasse o fato de sermos obrigados a pagar em duplicidade por serviços que deveríamos ter à disposição, como contrapartida aos tributos que pagamos, como por exemplo escola particular ou plano de saúde, ainda somos obrigados a custear cada novo serviço criado por nossas esferas governamentais, como a taxa para inspeção veicular na cidade de São Paulo ou àquela prevista, de R$ 15,00, para a emissão do novo documento de identidade, o Registro de Identidade Civil (R.I.C.), ou seja, o que pagamos em tributos nos dá direito à praticamente nada.
Ora, estamos falando aqui de muito dinheiro, e tomando como parâmetro o que nos é oferecido, percebe-se claramente uma discrepância entre a arrecadação e a prestação dos serviços, e ai pergunto, onde está o dinheiro? O que estão fazendo com o nosso dinheiro? No bolso de quem ele está indo?
São por essas e outras que o povo deve começar, ainda que tardiamente, a dar uma resposta à estes bandidos de plantão, e que o faça nas urnas, votando nulo, branco ou ainda abstendo-se, mas também nas ruas, reivindicando a qualidade nos serviços pelo qual pagamos e muito, pois imaginem qual seria o resultado em nossas finanças particulares se tivessemos à disposição os serviços que somos obrigados a procurar na iniciativa privada.

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