Como as pessoas são "engraçadas" não? Basta alguém "diferenciado" se aproximar e já é taxado, e muitas vezes tratado, como suspeito, mas apenas se ele for negro, nordestino, maltrapilho ou não tão bem vestido, mas principalmente pobre, sim, pois a maior discriminação praticada por nós brasileiros é a social, a econômica.
É isso mesmo, não é da índole do nosso povo a discriminação racial, religiosa ou sexual, não que não ocorram, mas estão estas estão restritas a grupos radicais diminutos, a verdadeira discriminação em nossa sociedade encontra origem no poder econômico e conseqüentemente na classe social do indivíduo.
Digo isso com o conhecimento da vida, já que se determinada pessoal for da raça negra mas tiver posses o tratamento é igual a de qualquer outra pessoa, o mesmo ocorrendo em relação à religião ou opção sexual.
Vemos o tratamento diferenciado dispensado àqueles que possuem o vil metal a todo instante, em várias circunstâncias e momentos, desde a notícia de ocorrência policial num bairro "nobre", como se naquele bairro de gente rica vivesse algum membro da realeza, passando pelo tratamento das pessoas em órgãos públicos ou empresas privadas onde quase sempre o pobre e o rico, o mal vestido e o bem vestido são tratados distintamente após uma rápida análise de sua aparência, e culminando com os nossos "dignos" e "respeitáveis" políticos, pois aqui o princípio da inocência é levado às últimas instâncias sem nada que o abale, e quando um dos seus é pego em flagrante a defesa não tarda, diferente do coitado que injustamente é acusado por algo que não cometera.
A constatação é vista mais uma vez nos últimos dias, onde por mais clara que seja a culpa de Antonio Palocci, parece que nada pode atingi-lo, ainda mais com a "blindagem" do Governo Dilma, e agora surge, novamente, um outro exemplo, e como não podia deixar de ser do PSDB, pois o Governador Geraldo Picolé de Chuchu Alckmin decidiu que a linha do metrô, 5-Lilás, será construída pelo consórcio sobre o qual paira a suspeita de conluio, onde previamente se acertaram para dividir a obra.
A suspeita de conluio foi revelada pela "Folha de S.Paulo" em 26 de outubro do ano passado. Um vídeo e um documento com firma reconhecida em cartório anunciavam com seis meses de antecedência quem seriam os vencedores dos lotes três a oito da linha 5-lilás.
Os indícios de conluio não se transformaram em provas", disse o presidente do Metrô. "Sem provas, a administração não pode anular a licitação".
Que beleza, não? É assim que funciona para os "bons companheiros" do PT e para a cambada do PSDB, quando algo lhes interessa eles são legalistas primazes, nestes dois casos eles só estão se amparando no princípio constitucional, que aqui lembram-se de existir.
Quem dera a Constituição Federal fosse constantemente aplicada, pois assim sendo o Governo do Estado de São Paulo seria punido pelos precatórios que vergonhosamente tem os seus pagamentos protelados durante anos, enquanto o Governo Federal seria obrigado a fixar um salário mínimo muito superior ao pago hoje, o que ai sim daria dignidade ao trabalhador ativo ou aposentado.
É, mas ai eles simplesmente se esquecem de aplicar a lei, e a Constituição Federal torna-se mero artigo de decoração.
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