quinta-feira, 3 de março de 2011

"País Criativo" X F.M.I.

Vejo no site da folha a notícia de que "Diretor do FMI pede ao Brasil que a economia cresça mais devagar", e, complementando-a aparece outra notícia onde o próprio órgão diz que, em relação ao superavit primário, "alguns países sã 'mais criativos' na contabilidade".
E ao ver tais notícias não me contive, uma vez que não aceito a interferência de quem quer que seja na soberania de um país, ainda mais vindo de um órgão que tem como seu único objetivo manipular à todos que dele se socorrem ao gosto dos países ricos.
Mas tem ainda o aspecto da comemoração de nossas autoridades pelo fato da economia nacional ter atingido o índice de 7,5 % de crescimento em seu P.I.B. (Produto Interno Bruto), já que sabedores que somos da insuportável mania que as nossas autoridades tem em manipular os números, não vejo até que ponto este número possa ser confiável, mesmo porque com uma economia tão "pujante", o nosso país já deveria ter sanado alguns problemas históricos na educação, saúde, empregos, segurança, transportes, e, sinceramente, não é o que vejo.
E de repente aparece o Sr. Strauss Kahn, diretor do FMI, aconselhando ao Brasil que, "é chegado o momento de desacelerar a economia", ora, convenhamos, se o Brasil pós PT não deve mais nada ao fundo, e segundo fora amplamente divulgado, até passou a ser credor do mesmo, não deveriamos prestar aos seus agiotas qualquer espécie de satisfação, mas é lógico que, se não devessemos, realmente, nada aos seus banqueiros, pois, pelo que me parece ainda temos muitos compromissos com os mesmos.
São tão absurdas as interferências do FMI que eles chegam a fazer comentários sarcásticos ao comentar a nossa economia, embora seja evidente que aqui, sobre o superavit primário, o Brasil tenha aprontado das suas, pois o mesmo diretor afirmara que "alguns países são mais criativos do que outros", deixando bem claro que se referia ao Brasil e de que os índices de superavit primário são, como são todos os dados que interessam a nossas autoridades, manipulados, e ai nos vemos na seguinte encruzilhada, mandamos este diretor cuidar da sua vida ou o agradecemos por expor aquilo que todos já sabem, mas poucos divulgam ?
É meus amigos, viver aqui não é fácil, já que por pior que sejam os interesses daqueles que não são nacionais, estes acabam por se equivaler aos interesses de nossos conterrâneos, ou seja é ladrão e safado por todo lado, nacional ou estrangeiro.

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