quinta-feira, 3 de março de 2011

Só o S.T.F. ?

Segundo o portal R7 o Ministro-Chefe da CGU (Controladoria Geral da União), Sr. Jorge Hage, afirmou nesta quinta-feira que o STF tem facilitado a vida de políticos corruptos com entendimentos que dão garantias exageradas aos réus.
A afirmação foi feita após a posse de Luiz Fux como nova ministro da corte, e no meu entender tem apenas uma pequena parcela de razão.
Pequena parcela de razão, e digo porque, não é novidade para ninguém que a nossa Suprema Corte conta em seus quadros de ministros com algumas figuras mais próximas de bandoleiros do que de juristas, e disso são inúmeros os exemplos recentes, e só para lembrar temos a defesa feita ao Sr. Daniel Dantas na época da operação Satiagraha.
Mas dai a considerar que só o STF tem facilitado a vida de políticos corruptos, não creio ser o entendimento correto, uma vez que todo o nosso sistema político encontra-se hoje, e já de algum tempo para cá, todo preparado e esquematizado, uma vez que é de "esquemas" que a nossa classe política vive, para a corrupção, a ponto de, se por um caso do acaso surgisse dentre eles uma pessoa séria e honesta dificilmente conseguiria se manter afastado de toda a sujeira que envolve o meio, e se mesmo assim, tomado pelas suas convicções de moral e ética, quisesse se enveredar pelo caminho do que é sério, teria quando muito uma breve passagem pelo cargo que ocupara, já que seria sumariamente "caçado" (não eu não errei, seria tratado como caça mesmo!), a ponto de se sentir abençoado, quando muito, por ter saído da vida política tão íntegro quanto entrara.
E só para frisar são muitas as instituições, os órgãos, as pessoas, as autoridades responsáveis pela facilitação da corrupção em nossa sociedade, e para tanto não é necessário nenhum trabalho de investigação complexo, precisamos quando muito contarmos com algum bom senso e buscarmos em nossa consciência a resposta para este mal, e provavelmente iremos lembrar de vários episódios em que a corrupção teve facilitada a sua ação, e não estranhem se em várias delas nós mesmos sejamos o seu ator protagonista.

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