terça-feira, 15 de março de 2011

Só Podia Dar No Que Dá!

Vejo uma reportagem interessante no Congresso em Foco do UOL onde, segundo a avaliação do cientista político José Luciano Dias e do Diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), Antônio Augusto Queiroz, o desinteresse do brasileiro em geral pela política é o principal motivo pela escassez de novas lideranças no Congresso e o, consequente, predomínio de herdeiros políticos entre os parlamentares mais jovens.
Ora, muito do assunto abordado por tal reportagem encontra fundamento no que já tratei quando postei "O Que é Política?" em 11/03, e mais uma vez reforço que não há como não se envolver em política, e está aí mais um motivo para não relegá-la.
Devemos, nas urnas, demonstrar toda a nossa insatisfação, e para tanto são muitas as formas que podemos adotar para expressá-la, agora o que não entendo, e, particularmente, não admito é que se continue a votar nos mesmos calhordas que fazem do encargo uma profissão, e que com a ajuda dos alienados que não gostam de política (veja se isto tem cabimento!), estão transformando o cargo político como se este fosse hereditário, já que agora começam a passar os mesmos aos seus descendentes.
Alguns podem estar pensando que este fenômeno não é exclusividade da política, já que é mais simples para o jovem que tem um parente em tal posição ingressar na mesma profissão, e, por este ângulo há verdade nisto, contudo, não podemos esquecer que aqui somos nós que pagamos as contas e não o parente.
Vamos nos mobilizar para elegermos pessoas novas e que não tenham vínculo com os políticos profissionais, pessoas determinadas a mudar a maneira como a política é tratada neste país, pessoas que entendam que a sua permanência no cargo dependerá exclusivamente de seu desempenho durante o seu mandato, e não dos contatos e apoios políticos alcançados em virtude da forma como votara os mais variados assuntos em favor deste ou daquele padrinho político.
Para tanto, precisamos gostar de política, e creiam não é difícil, pois o assunto é apaixonante e cativante, e que, por ignorância, muitos acabam por confundir com àquilo praticado pelos políticos profissionais, que na realidade trata-se de politicagem.

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