segunda-feira, 23 de maio de 2011

Polícia Militar de São Paulo "Paga" Salários Irregulares à Oficiais?!

Antes de qualquer coisa vamos esclarecer, a "gloriosa" Polícia Militar de São Paulo não "paga" salário algum, quem paga são os contribuintes, a sociedade, o povo, o que a referida instituição faz é se locupletar com o nosso dinheiro com a conivência do governo estadual.
Sim, eles se locupletam, pois pasmem os senhores, diferentemente dos outros servidores estaduais subordinados ao poder executivo eles próprios elaboram a sua folha de pagamento e apenas a encaminham para a Secretaria da Fazenda que providencia a liberação da verba correspondente sem nenhuma conferência, isto mesmo a P.M. encaminha o valor que quiser, e, segundo informação da Secretaria eles liberam o valor informado sem nenhuma espécie de verificação, quanta confiança não?
Quantas vezes ficamos sabendo de exemplos de confiança como a demonstrada aqui? Se fizermos um levantamento veremos que em muitas famílias pais e filhos não tem tanta confiança quanto a Secretaria da Fazenda tivera ao longo dos anos com a Polícia Militar.
A cúpula da Polícia Militar de São Paulo vem pagando, há pelo menos quatro anos, o salário de oficiais com valores acima do que deveria por lei. O prejuízo estimado aos cofres públicos supera R$ 200 milhões nesse período.
Esse pagamento a mais, considerado irregular pelos técnicos do próprio governo, vem ocorrendo porque a PM interpreta, de maneira distorcida, uma lei sobre uma gratificação chamada RETP.
Aí está a questão: em vez de fazer essa multiplicação apenas sobre o salário base, como diz a lei estadual 731/ 93, os oficiais paulistas fazem o cálculo sobre o salário base somado a "todas as vantagens pecuniárias".
Ora, é mais do que óbvio que este, mais do que um simples caso de confiança desmedida, envolve a conivência do governo estadual com o locupletamento do dinheiro público, pois o que verificamos está longe de ser apenas um erro, está mais do que configurado um roubo aos cofres do estado.
Mas o governo do estado sabedor da sua participação em toda está desavergonhada sujeira, mais do que de imediato afirmara que não há indícios de má-fé por parte da instituição policial, e que, portanto não precisarão devolver o que já fora recebido.
Não precisarão devolver? O nosso dinheiro? Mas que absurdo é isso? Se eles roubaram devem devolver e ainda serem demitidos, podendo inclusive serem presos, pois pior do que um ladrão é o ladrão travestido de policial.
Agora vem o governo e admite o problema, afirmando que a P.M. concordara mudar a fórmula de cálculo, caramba! O que posso entender é que, se a P.M. não houvesse concordado nada mudaria, mas como? Se o próprio governo diz que a fórmula adotada pelos meganhas estava errado, não cabe ao coxinhas a opção, eles tem que concordar e pronto, devolvendo, inclusive o que desviaram criminosamente.
Resumindo, esse PSDB não tem vergonha mesmo, a ponto de ficar tão claro o favorecimento à tudo que beneficia a "gloriosa", que mesmo admitindo o rombo de mais de 200 milhões nos cofres do estado, sequer faz questão de que a quadrilha de militares devolva o que já roubaram.

Um comentário:

Anônimo disse...

O governador Geraldolckmin alegou que não houve ma fé por parte da PM !!!

Ora, isso abre um precedente perigoso, porque vários outros crimes, isso mesmo, crimes podem ser cometidos sob a alegação de que foram perpetrados com boa fé

Realmente, a cara de pau de governador é a coisa mais asquerosa que já vi; como se não bastassem as regalias que os oficiais tem, como carros de luxo pagos com o dinheiro do contribuinte para que eles possas "curtir" seu lazer !!

Não sei como quem votou nesse cara pode dormir com a consciência tranquila.