quinta-feira, 28 de abril de 2011

Comandante da P.M. de Carro Novo!



Vejo pelo site do Estadão o maior exemplo de hipocrisia e desperdício com o dinheiro público feito pelo Governo do PSDB em São Paulo.
Sim, porque enquanto o Picolé de Chuchu continua a negar um mínimo de dignidade à grande parcela da Polícia do Estado de São Paulo, deixa o dinheiro sair pelo "ladrão" com o único objetivo de dar boa vida aos Comandantes da "gloriosa" Polícia Militar.
O maior exemplo da hipocrisia, já que não é de hoje que os sucessivos governos do PSDB alegam a falta de dinheiro e a responsabilidade fiscal como fatores para não dar um salário digno à polícia, foi a presença do atual Comandante da Polícia Militar, Coronel Álvaro Batista Camilo, à um evento oficial com o seu automóvel novo, uma Captiva que como utilitário esportivo de luxo é avaliada em torno de R$ 92.900,00, e o pior é que não foi pago com o seu dinheiro já que este é o seu carro oficial, do estado, portanto, nosso.
Mas para o digno Comandante isso ainda era pouco, e como quem não tem vergonha na cara não se deixa abalar com a opinião dos outros, ainda presenteou outros Coronéis com 61 Vectras com o argumento de que "coronéis são executivos e não podem andar em viaturas para não serem parados a toda hora para atender às ocorrências.", ora, se Coronéis são executivos, agora entendo porque a segurança pública está no prejuízo e a Polícia Militar está falida, pois os executivos do "Camilo" são umas porcarias, e caso estivessem na iniciativa privada, certamente já teriam sido demitidos, e muitos correriam o risco de estar respondendo judicialmente por administração fraudulenta. 
Resumindo, o prejuízo dado ao povo paulista se deu através de um contrato de compra dos carros feito pela Diretoria de Logística da PM e publicado no Diário Oficial em 16 de outubro de 2010. Ele incluía 161 veículos da GM, sem especificar quantos eram viaturas oficiais e quantos eram carros sem identificação, para os coronéis. O valor total da compra foi de R$ 5,8 milhões. Foram adquiridos duas Montanas, 61 Vectras Expression, 92 Corsas Hatch, cinco Corsas Sedan e o Captiva. Cada Vectra saiu por R$ 44,9 mil - os 61 custaram R$ 2,73 milhões. Já os R$ 92 mil do Captiva equivalem ao preço de três Corsas - R$ 30 mil cada.

Assim sendo, isto só evidencia que dinheiro o Estado tem, e muito, o problema se dá na sua aplicação, pois o PSDB já deixara claro que o critério adotado por eles é o interesse, e não me refiro aqui ao interesse do povo, mas aos seus próprios, como por exemplo o seu interesse em não combater a criminalidade.   

Um comentário:

Anônimo disse...

Sexta-feira, Abril 29, 2011
Jornal da Tarde em PDF, Sexta, 29 de Abril de 2011

19:00 Arteiro Comenta aê galera
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SP tem mais casos de latrocínio do que é divulgado:
Era noite de terça-feira, 8 de março. O projetista Carlos Eduardo de Sousa Garcia, de 24 anos, chegava da faculdade. Seu pai notou pelas imagens das câmeras de segurança instaladas em sua casa que o filho seria assaltado no portão, na Rua Xavier da Rocha, 20, Vila Prudente, zona leste. Não teve tempo de ajudá-lo. Cadu, mesmo sem reagir, levou um tiro por fechar o portão na cara dos ladrões. Poeta promissor, ele morreu durante a madrugada no Hospital Paulistano.

O malsucedido roubo, que provocou o assassinato do estudante de Letras, poderia se tornar apenas um número nas estatísticas da violência de São Paulo. Mas, nem isso aconteceu. O crime que chocou São Paulo, não está entre os casos de latrocínio da capital divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) no último dia 15.

A estatística oficial dá conta de que no primeiro trimestre de 2011, a capital teve 22 casos de roubo que culminaram na morte do assaltado. Para o governo, uma redução de 12% em relação ao mesmo período do ano passado.

O Jornal da Tarde levantou 25 casos de latrocínio no mesmo período compreendido pela estatística da SSP, o mesmo índice registrado no primeiro trimestre de 2010 e, portanto, nenhuma redução nesse tipo de crime, que é um dos que mais assusta a população e pode acontecer no trânsito, na saída de um banco, no trabalho e até em casa.

A morte do estudante da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) Nicholas Marins do Prado, de 20 anos, em 4 de março, na porta da casa de um amigo, na Rua França Pinto, Vila Mariana, zona sul, foi registrada como roubo no 36º DP (Vila Mariana). E também não foi contada como latrocínio para o governo.

“O registro como roubo não está errado. Mas, deveria haver mais cautela do delegado. Checar o estado da vítima e fazer constar do BO que houve lesão grave, mesmo que naquele momento não tenha ocorrido a morte. A omissão desse dado na natureza do documento faz com que as estatísticas não sejam fiéis à realidade”, disse o promotor Marcelo Baroni, ex-delegado do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

As mortes de Prado e Garcia foram registradas por câmeras de segurança e suas imagens, exibidas exaustivamente pela imprensa. Em nenhuma delas a polícia duvidou se tratar de assalto. Em ambos os casos, as vítimas morreram horas após serem baleadas.

Além das mortes dos dois universitários, o assassinato do comerciante José Arteiro Morais, de 43 anos, também é um fantasma estatístico. No dia 2 de março, sua pizzaria, na Cachoeirinha, zona norte, foi invadida por um homem que anunciou roubo. Morais disse que não tinha dinheiro e foi baleado no rosto.

O caso, registrado como roubo seguido de morte no 72º DP (Vila Penteado), também não figura na lista oficial de latrocínios. Não consta sequer da estatística de homicídio doloso do distrito policial.

O delegado geral, Marcos Carneiro, disse que casos que apresentem fatos novos devem ser corrigidos em sua natureza. “Agora que as divulgações de índices serão mensais, a atualização será mais dinâmica.”

O coronel José Vicente da Silva, consultor em segurança, diz que “mapear os roubos é mais importante para evitar latrocínio”. Para o advogado Ariel de Castro Alves, especialista em direitos humanos, o problema é a falta de padronização nos registros. “Compromete a credibilidade.”

No início de 2007, estatísticas da SSP já mostravam problema: eram divulgados apenas 50% dos casos de roubos a banco.