sexta-feira, 29 de abril de 2011

A Cruzada do PSDB Contra a Polícia Civil Paulista.


Primeiro veio o DEM (PSDB), por meio do seu maior representante à época e agora no PSD, o Prefeito Gilberto Kassab, que moveu mundos e, principalmente, "fundos" para agraciar a "gloriosa" Polícia Militar, privilegiando os seus comandantes, quando na reserva, com uma oferta de cargos em sub-prefeituras nunca antes vista, depois veio o agrado ao "resto" com a adoção da operação delegada, que na prática nada mais é do que um bico oficial.
Agora fica cada dia mais evidente a opção do estado por fortalecer a Polícia Militar, não só por atos originários do Governador Picolé de Chuchu como do Secretário de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto.
Por parte do Governador partem benefícios como o de sair em defesa do Comandante Geral, Coronel Álvaro Batista Camilo, quando o mesmo é flagrado transitando num veículo utilitário de luxo, como este fato por si só já não fosse obsceno, já que, por ser um veículo descaracterizado, pode ser utilizado como lhe convier, e lembrando que, assim sendo, esta defesa também acaba por abranger aos outros 57 coronéis que acabaram de ser presenteados com veículos de luxo novos e sem as cores que caracterizam viaturas policiais, corroborando com o pensamento do Comandante Camilo de que tais coronéis ostentam o "status" de executivos, embora seja muito evidente que não dispõe de competência alguma para tanto.
Enquanto isso do Secretário de Segurança partem ações no sentido de valorizar cada vez mais, financeiramente, o quadro da P.M. em claro prejuízo dos policiais civis, como por exemplo a adoção de RETP diferenciado e ainda o fato de permitir que a P.M. elabore e processe a sua folha de pagamentos, criando dúvidas quanto à sua lisura, principalmente quanto aos valores envolvidos, diferente do que ocorre com a Polícia Civil, onde a sua folha de pagamentos é de total responsabilidade da Secretaria da Fazenda, o que já lhe garante total confiabilidade.
De tudo até aqui exposto só há que se creditar tais diferenças de tratamento à uma CRUZADA do PSDB para uma desvalorização e desmotivação da instituição policial civil, por motivos ainda desconhecidos.
Portanto, quanto aos motivos, já que não são claros, só podemos conjecturar, e dentre as hipóteses só posso imaginar que a opção pela Polícia Militar encontre fundamento na possibilidade de ter ao seu comando uma força de segurança mais fácil de se manipular, muito devido ao seu próprio sistema militar rígido agregando-se a isso o tamanho do seu efetivo, pois numa eventualidade, haveria como suprir a falta da Polícia Civil numa greve, por exemplo.
Agora, embora não se tenha condições de afirmar o por que disso tudo, uma coisa é clara e cristalina, não há por parte das nossas autoridades qualquer constrangimento em adotar tais medidas em detrimento da segurança pública, pois muitos se beneficiam com o enfraquecimento da Polícia Civil, e dentre estes, certamente, não está o povo paulista.
Para terminar vejo agora mais uma atitude do Sr. Ferreira Pinto para beneficiar a Polícia Militar, neste caso, especificamente, o seu Comandante, ao editar uma resolução que o autoriza a continuar usando a sua (nossa) Captiva nova.

2 comentários:

Anônimo disse...

PM: RESERVA MORAL DO ESTADO ???

Anônimo disse...

Sexta-feira, Abril 29, 2011
Jornal da Tarde em PDF, Sexta, 29 de Abril de 2011
19:00 Arteiro Comenta aê galera
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SP tem mais casos de latrocínio do que é divulgado:
Era noite de terça-feira, 8 de março. O projetista Carlos Eduardo de Sousa Garcia, de 24 anos, chegava da faculdade. Seu pai notou pelas imagens das câmeras de segurança instaladas em sua casa que o filho seria assaltado no portão, na Rua Xavier da Rocha, 20, Vila Prudente, zona leste. Não teve tempo de ajudá-lo. Cadu, mesmo sem reagir, levou um tiro por fechar o portão na cara dos ladrões. Poeta promissor, ele morreu durante a madrugada no Hospital Paulistano.

O malsucedido roubo, que provocou o assassinato do estudante de Letras, poderia se tornar apenas um número nas estatísticas da violência de São Paulo. Mas, nem isso aconteceu. O crime que chocou São Paulo, não está entre os casos de latrocínio da capital divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) no último dia 15.

A estatística oficial dá conta de que no primeiro trimestre de 2011, a capital teve 22 casos de roubo que culminaram na morte do assaltado. Para o governo, uma redução de 12% em relação ao mesmo período do ano passado.

O Jornal da Tarde levantou 25 casos de latrocínio no mesmo período compreendido pela estatística da SSP, o mesmo índice registrado no primeiro trimestre de 2010 e, portanto, nenhuma redução nesse tipo de crime, que é um dos que mais assusta a população e pode acontecer no trânsito, na saída de um banco, no trabalho e até em casa.

A morte do estudante da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) Nicholas Marins do Prado, de 20 anos, em 4 de março, na porta da casa de um amigo, na Rua França Pinto, Vila Mariana, zona sul, foi registrada como roubo no 36º DP (Vila Mariana). E também não foi contada como latrocínio para o governo.

“O registro como roubo não está errado. Mas, deveria haver mais cautela do delegado. Checar o estado da vítima e fazer constar do BO que houve lesão grave, mesmo que naquele momento não tenha ocorrido a morte. A omissão desse dado na natureza do documento faz com que as estatísticas não sejam fiéis à realidade”, disse o promotor Marcelo Baroni, ex-delegado do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

As mortes de Prado e Garcia foram registradas por câmeras de segurança e suas imagens, exibidas exaustivamente pela imprensa. Em nenhuma delas a polícia duvidou se tratar de assalto. Em ambos os casos, as vítimas morreram horas após serem baleadas.

Além das mortes dos dois universitários, o assassinato do comerciante José Arteiro Morais, de 43 anos, também é um fantasma estatístico. No dia 2 de março, sua pizzaria, na Cachoeirinha, zona norte, foi invadida por um homem que anunciou roubo. Morais disse que não tinha dinheiro e foi baleado no rosto.

O caso, registrado como roubo seguido de morte no 72º DP (Vila Penteado), também não figura na lista oficial de latrocínios. Não consta sequer da estatística de homicídio doloso do distrito policial.

O delegado geral, Marcos Carneiro, disse que casos que apresentem fatos novos devem ser corrigidos em sua natureza. “Agora que as divulgações de índices serão mensais, a atualização será mais dinâmica.”

O coronel José Vicente da Silva, consultor em segurança, diz que “mapear os roubos é mais importante para evitar latrocínio”. Para o advogado Ariel de Castro Alves, especialista em direitos humanos, o problema é a falta de padronização nos registros. “Compromete a credibilidade.”

No início de 2007, estatísticas da SSP já mostravam problema: eram divulgados apenas 50% dos casos de roubos a banco.